Jair Bolsonaro (PL) voltará de sua viagem à Rússia e Hungria nesta sexta-feira (18) e irá direto para Petrópolis, onde as enchentes e deslizamentos ocorridos nesta semana deixaram pelo menos 120 mortos. Hoje, ele fará um sobrevoo pelas áreas mais afetadas pelas chuvas acompanhado do ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho.
Em sua agenda oficial, está marcado que Bolsonaro chegará ao Rio de Janeiro entre 8h30 e 9h e logo fará o sobrevoo, marcado para as 9h30. Depois, participa de uma reunião de trabalho sobre medidas emergenciais do governo e já às 11h30 embarca para Brasília.
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Apesar desta ser a atitude esperada do presidente de um país, ele sequer interrompeu suas férias em outro Estado quando 53 pessoas perderam a vida nas fortes chuvas que atingiram a Bahia e Minas Gerais no início de janeiro.
Até mesmo no pronunciamento que fez na cadeia de rede e televisão, que durou seis minutos e poderia ser uma oportunidade para prestar solidariedade, ele pouco falou sobre a catástrofe, que perdeu espaço em meio a outros vários assuntos.
Bolsonaro considera Bahia Estado "eleitoralmente perdido"
A comoção seletiva de Bolsonaro encontra respaldo em declarações feitas pelo próprio presidente. No primeiro turno das eleições de 2018, ele obteve 23% dos votos no Estado, contra 60% de Fernando Haddad (PT). No segundo turno, foi pior ainda: 27,31% contra 72,69% de Haddad. Por isso, considera a Bahia um Estado "eleitoralmente perdido", como ele mesmo já disse.
Já no Rio de Janeiro, é benquisto. Ele venceu a última eleição em ambos os turnos no Estado. No primeiro, com 59,79% dos votos e no segundo com 67,95% dos votos. Na cidade de Petrópolis, onde ocorreram as enchentes e deslizamentos, recebeu 74,20% dos votos, enquanto Haddad 25,80%.