Escrito en
BRASIL
el
Toni Reis, diretor executivo do Grupo Dignidade, ironizou a liminar do juiz que abre caminho para que homossexuais sejam tratados como doentes com um pedido de aposentadoria compulsória, afinal, é gay desde que nasceu e trabalhou "doente" durante todos esses anos
Por Redação
Em meio aos protestos contra a liminar do juiz que abre caminho para que psicólogos tratem homossexuais como doentes, um chamou a atenção. Foi a atitude de Toni Reis, líder LGBT do Paraná e diretor executivo do Grupo Dignidade. Ele divulgou nesta terça-feira (19), um ofício em que pede sua aposentadoria por invalidez por "homossexualismo".
"Espero que o pedido seja deferido pela Justiça, afinal eu sou gay há 53 anos e trabalhei mesmo doente durante todos esses anos. Quero aposentadoria retroativa. Quero a primeira aposentadoria por doença gay", ironizou Reis ao portal Bem Paraná.
"Como ainda não existe tabela para essa doença, sugerimos que o valor mensal do benefício seja 24 salários mínimos (algo em torno de R$ 22 mil), com isenção de todo e qualquer imposto por motivo de crença (ou melhor, doença)", disse, no pedido, o ativista, solicitando ainda "passaporte diplomático para poder empregar o tempo ocioso e viagens ao exterior, buscando a cura em centros avançados, e também divulgando a boa nova brasileira relativa à cura do 'homossexualismo'".
No documento, ele deixa claro que pretende abrir um precedente para que todo homossexual possa pedir o mesmo tipo de aposentadoria, o que, de certo quebraria a previdência social.
"Sendo uma dessas pessoas inválidas, devido à minha condição homossexual que é de notório saber, venho por meio deste requerer minha aposentadoria compulsória, com direito a acompanhante especializado, retroativa até o início das primeiras manifestações da minha homossexualidade, por volta do ano de 1970", ironizou.
O ofício foi formalmente encaminhado ao juiz Waldemar carvalho, autor da liminar da "cura gay"; à procuradora-geral da República, Raquel Dodge; ao ministro do Trabalho e da Previdência Social, Ronaldo Nogueira e ao ministro da Saúde Ricardo Barros.
Foto: Reprodução/Facebook