O influenciador Agenor Tubinambá, que ganhou notoriedade nas redes sociais por ter mantido uma capivara, batizada de "Filó", como animal de estimação, criou uma vaquinha virtual para angariar recursos destinados ao pagamento das multas que recebeu do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
Agenor trabalha e vive em uma fazenda no município de Autazes, no Amazonas, e se tornou um fenômeno no TikTok ao exibir sua rotina com a capivara. Nas postagens, costuma mostrar momentos considerados "fofos" com o mamífero roedor e outros animais.
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Apesar das supostas boas intenções do jovem para com os bichos, o Ibama destaca inúmeros problemas no fato de animais silvestres serem mantidas como "pets". Através das redes sociais, o instituto esclareceu os motivos pelos quais Agenor foi autuado. Ele recebeu multas que chegam a pouco mais de R$ 17 mil e, nesta semana, entregou a capivara, que agora está sendo assistida pelo Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) para, depois, ser reintegrada à natureza.
A vaquinha que Agenor abriu na internet para pagar as multas tinha meta de R$ 17 mil, mas até a manhã deste sábado (29) o montante arrecadado já havia passado dos R$ 70 mil, sendo que a plataforma segue aberta para receber recursos de doadores.
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O fato vem gerando forte polêmica nas redes sociais: de um lado, aqueles que acreditam que a multa é injusta e que Agenor é um "defensor" dos animais; do outro, pessoas apoiando o Ibama e criticando o influenciador por querer "monetizar" e "ganhar likes" em cima dos animais silvestres
Ibama explica
A multa aplicada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) ao jovem influenciador Agenor Tupinambá, famoso por sua "amizade" com uma capivara, gerou a indignação de muitas pessoas nas redes sociais.
Agenor trabalha e vive em uma fazenda no município de Autazes, no Amazonas, e se tornou um fenômeno no TikTok ao exibir sua rotina com Filó, a capivara quem mantém como um animal de estimação. Nas postagens, costuma mostrar momentos considerados "fofos" com o mamífero roedor e outros animais.
Apesar das boas intenções do jovem para com os bichos, o Ibama destaca inúmeros problemas no fato de animais silvestres serem mantidas como "pets". Através das redes sociais, diante da grande repercussão que a multa de mais de R$ 17 mil aplicada contra o jovem casou, o instituto decidiu fazer uma explicação detalhada dos motivos que levaram à autuação.
"O jovem estudante de agronomia ficou conhecido por publicar vídeos em que interage com animais silvestres da Amazônia como cobras, capivara, preguiça-real, paca, papagaio, entre outros. Ao analisar o conteúdo das redes sociais do estudante, agentes ambientais do Ibama constataram que os animais eram retirados da vida livre e exibidos em situações incompatíveis com os hábitos das espécies como por exemplo banho com produtos de higiene humana, uso de roupas e ornamentos", diz o instituto no início do "fio" explicativo publicado no Twitter.
De acordo com o Ibama, Agenor foi autuado por 4 motivos diferentes: morte de uma preguiça-real (que ele mesmo teria admitido); prática de maus-tratos contra animal silvestre (preguiça real); uso de espécimes da fauna silvestre sem a devida permissão de autoridade competente (capivara e papagaio); e exploração da imagem de animal silvestre mantido em situação de abuso (capivara) e irregularmente em cativeiro.
O Ibama esclarece que, apesar de muitos acharem que o jovem trata "bem" os animais, a prática de maus-tratos consiste, por exemplo, no fato dos bichos que deveriam viver na natureza serem colocados em ambiente doméstico.
"A introdução de hábitos típicos de ambiente doméstico em espécies silvestres inviabiliza capacidade de sobrevivência na natureza (...) O Ibama defende, por determinação legal, que animais silvestres sejam mantidos em vida livre, onde prestam serviços ambientais de importância incalculável para a manutenção de um meio ambiente equilibrado", diz o órgão.
"Também é importante deixar claro que por mais que as pessoas acreditem estar tratando bem um animal silvestre, mesmo que ele tenha sido resgatado, está indo de encontro à natureza do animal, que é de conviver com os seus em liberdade. No caso de resgate de animais silvestres encontrados na natureza machucados ou filhotes, é necessário comunicar a posse para as instituições competentes e, assim, definir com base na lei o destino do animal silvestre", emenda.
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