Diva da janela: "Vou deixar ela famosinha", diz mulher que gravou o vídeo; entenda bastidores
Caso que viralizou nas redes ganhou espaço no Fantástico, da TV Globo. "Estou sendo odiada, atacada, ameaçada, xingada, ofendida", afirmou mulher que protagonizou cena com Jeniffer Castro
O programa Fantástico trouxe à tona neste domingo (8) os desdobramentos de um caso que viralizou nas redes sociais, envolvendo um voo que saía do Galeão, no Rio de Janeiro, com destino a Confins, em Belo Horizonte. As partes envolvidas, incluindo Eluciana Cardoso, responsável por gravar o vídeo que capturou o momento, foram ouvidas.
Nas imagens, Jeniffer Castro aparece recusando-se a ceder seu assento à janela para uma criança, episódio que gerou grande repercussão na internet. “Parecia que eu estava saindo do meu corpo. Eu fiquei com o meu coração com taquicardia”, disse Eluciana, que gravou o vídeo e admitiu ter perdido “totalmente o controle” no momento.
A polêmica transformou Jeniffer, antes uma pessoa anônima, em uma figura amplamente seguida, acumulando mais de 2 milhões de seguidores. Por outro lado, Aline Rizzo, mãe da criança, foi alvo de ataques de quem acreditava que ela havia gravado o vídeo.
"Eu não agredi, não xinguei, não filmei. Foi outra passageira. E eu estou sendo odiada, atacada, ameaçada, xingada, ofendida. Minha família, meus filhos…”, disse Rizzo.
O que realmente aconteceu
De acordo com Aline, que estava acompanhada de sete pessoas, incluindo três filhos, o embarque de sua família foi prioritário. Enquanto ela auxiliava o filho cadeirante, o menino de 4 anos seguiu adiante e ocupou o lugar junto à janela, ao lado da avó, que havia sido reservado por Jeniffer.
“Quando entrei no avião e fui procurar meu lugar, vi que a criança estava no meu assento. Então, disse: ‘Olha, esse é meu assento’”, relembrou a bancária. O menino desejava permanecer ao lado da avó, mas foi levado pela mãe para um assento na janela do lado oposto, de onde pediu para retornar.
Após o pedido da aeromoça para que todos colocassem o cinto, o filho de Aline começou a chorar e gritar. A situação chamou a atenção de alguns passageiros, incluindo Eluciana, que decidiu abordar Jeniffer. "Eu levantei e fui lá. Abordei a Jeniffer com toda a educação, não fui grossa com ela na abordagem, que não está gravada. Aí eu perguntei: 'Você não tem compaixão com a situação que você está vendo?'", diz.
Jeniffer manteve sua posição e recusou-se a trocar de lugar. “Não é não”, afirmou ela. Diante disso, Eluciana resolveu filmar Jeniffer com o celular. “Ela tirou o celular do bolso e disse: ‘Agora eu vou deixar ela famosinha’”, relatou Poliane, madrinha da criança, que presenciou o episódio.
Em nota, a Gol informou que a tripulação não foi acionada durante o voo e que não houve qualquer intercorrência que comprometesse a segurança operacional. A companhia destacou ainda que trocas de assento são realizadas apenas em situações específicas, relacionadas às saídas de emergência ou a outros aspectos de segurança.
Eluciana compartilhou o vídeo com sua filha Marianna, de 23 anos, que acabou publicando as imagens. Marianna afirmou que tentou ocultar o rosto de Jeniffer, mas não conseguiu, percebendo o erro apenas horas depois, quando o vídeo já havia viralizado. "Eu cometi um erro de iniciante e não acho justo que eu esteja sendo massacrada", declarou Marianna.
Eluciana, por sua vez, reconheceu o impacto negativo da gravação. "Acredito que o vídeo foi responsável por gerar dor em todas as partes", disse ela. "Peço desculpas pra Jeniffer. Peço desculpas pra Aline. Pro Arthur. Pra família. Pra minha filha. Peço desculpas pra mim. Por eu achar que eu tinha sido forte naquele momento. E não fui. Poderia ter evitado", desabafou.
"Eu estava processando tudo o que aconteceu. Fui procurar fazer tudo com calma para vir contar todos os detalhes direitinho, para falar que não foi a mãe que me gravou", disse Jeniffer à jornalista Renata Ceribelli.
O caso segue na Justiça. De acordo com a advogada de Jeniffer, sua cliente planeja acionar judicialmente os responsáveis pela divulgação do vídeo, acusando-os de difamação e injúria.
*Com informações g1