Paulo Arthur Vieira, de 29 anos, foi preso, nesta terça-feira (13), com uma pequena quantidade de maconha, na Zona Portuária do Rio de Janeiro. Ele é um dos filhos do pagodeiro Belo.
O rapaz vinha de São Paulo e os policiais observaram que ele estava muito nervoso. Resolveram revistá-lo e encontraram a droga. O caso foi registrado pela Polícia Militar (PM) como “uso e consumo de drogas”. A lei brasileira aponta que as pessoas flagradas com drogas para uso pessoal estão sujeitas à advertência, prestação de serviços à comunidade e medida educativa. O rapaz foi levado para a 4ª DP (Cidade Nova).
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O Supremo Tribunal Federal (STF) marcou para 21 de junho a retomada do julgamento que debate a descriminalização do porte de drogas para consumo pessoal. A análise foi suspensa há mais se sete anos.
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Três ministros já apresentaram votos favoráveis. Gilmar Mendes votou a favor da descriminalização da posse para uso próprio. Edson Fachin e Luís Roberto Barroso optaram pela liberação do porte somente para a maconha.
Hoje, mesmo sendo crime, o porte de drogas para consumo pessoal não leva para a prisão. As punições, geralmente, são advertência, prestação de serviços à comunidade e aplicação de medidas educativas. Além disso, a condenação não fica registrada nos antecedentes criminais.
Belo e os problemas com a polícia
O cantor Belo já se envolveu em polêmicas e problemas com a polícia. Em 2002, foi preso pela primeira vez e ficou 37 dias detido. Na época, ele acabou sendo condenado a oito anos em regime fechado pelos crimes de tráfico de drogas e associação para o tráfico.
Em 2004, o cantor voltou a ser preso, só conseguindo direito à liberdade condicional em 2007. Em 2010, Belo recebeu o indulto na Vara de Execuções Penais (VEP) do Rio de Janeiro e ficou livre também da condicional.
As provas contra o pagodeiro foram obtidas a partir de grampos telefônicos que revelaram sua relação com Valdir Ferreira, o Vado, apontado como chefe do tráfico no Jacarezinho, na Zona Norte do Rio.
O traficante teria pedido R$ 11 mil ao artista para a compra de um “tecido fino”, e daria a Belo em troca um “tênis AR”. Os policiais esclareceram que os termos seriam gírias para cocaína e fuzil AR-15, respectivamente. Vado morreu em 2002, durante confronto com a PM do Rio.
Em fevereiro de 2021, Belo voltou para a cadeia. Dessa vez, foi acusado de promover aglomeração no período da pandemia da Covid-19. Este tipo de evento estava proibido na época.
O pagodeiro fazia uma apresentação na Escola Estadual do Parque União, no Complexo da Maré, Zona Norte do Rio. O processo por infração de medida sanitária preventiva e crimes contra a incolumidade pública ainda continua em fase de inquérito.