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No próximo domingo, a Venezuela decide seu futuro: Nicolás Maduro tem a responsabilidade de comandar o chavismo - agora sem Chávez. A direita vai, de novo, apostar em Henrique Capriles.
Nos últimos meses, Capriles procurou embaralhar o jogo. Chegou a dizer que admira Lula. Mas o brasileiro não entrou na dele. Lula apóia o candidato chavista. Maduro batizou o comando de campanha de "Comando Hugo Chávez". E o que fez Capriles? Criou um comando de campanha com o nome de "Comando Símon Bolívar".
Capriles é bolivariano? Na Venezuela, todo mundo se diz bolivariano. Mas quem trouxe Bolívar de volta ao debate político foi Chavez. Recuperou a figura de Bolívar como revolucionário.
De que forma Bolívar virou um símbolo do chavismo? É esse o tema do livro do historiador Alexandre Ganan de Brites Figueiredo, da Universidade de SãoPaulo. O livro será lançado semana que vem, em São Paulo - na Livraria Martins Fontes da avenida Paulista.
"Ecos do Libertador: Simon Bolivar no discurso de Hugo Chavez" é o nome da obra, que sai pela Annablume Editora. (RodrigoVianna)
(texto de apresentação do livro)
O que faz Simón Bolívar, herói do século XIX, continuar presente no embate político latino-americano? Por que na Venezuela ele se tornou o fundamento de uma revolução mesmo passados duzentos anos desde a emancipação? Como o presente constrói suas relações com o passado?
Hugo Chávez ouve o revolucionário da independência sul-americana e o reapresenta como novamente vivo para realizar seu projeto de liberdade. Por que esse bolivarianismo de Chávez se projeta para outros países da América Latina, não se restringindo à Venezuela?
Para responder a essas perguntas, Alexandre Ganan de Brites Figueiredo se debruça sobre a obra de Simón Bolívar e sobre sua releitura realizada por Hugo Chávez, da qual emerge um Bolívar revolucionário, inspirador das lutas populares e vivo na retomada presente de seu projeto.