Lideranças judaicas brasileiras apóiam ataque de Israel

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[caption id="attachment_1370" align="alignleft" width="200" caption="Manifestante segura cartaz que diz "fim do sionismo = paz""][/caption] Semana passada publicamos aqui a carta de Silvio Tendler, cineasta judeu que, defendendo o melhor da sua tradição religiosa, condenou o ataque à flotilha da liberdade. A atitude foi elogiado por muitos leitores deste Escrevinhador que manifestaram a esperança de que outros judeus brasileiros seguissem a mesma atitude. Infelizmente, não foi o que aconteceu. O site Opera Mundi publicou hoje matéria na qual líderes judeus brasileiros declaram seu apoio à ação israelense – dentre eles o presidente da Confederação Israelita do Brasil, Cláudio Lottenberg, e o professor José Luiz Goldfarb, conselheiro da Associação Brasileira Hebraica de São Paulo. Enquanto estes declaram apoio à Israel, acontece uma movimentação muito simbólica: judeus alemães preparam uma nova Flotilha da Liberdade com destino aos territórios ocupados da Palestina (matéria do Vermelho). Nas declarações que aparecem na imprensa, já tem gente falando em “antisionismo”. Termo que – intencionalmente ou não – é usado como sinônimo de “antisemitismo” apesar de terem significados diferentes. Após o holocausto, ser antisemita é acusação grave. Já sionismo se refere ao movimento que lutou pela fundação do Estado de Israel. E este tem dado motivos para criar um movimento contrário. (Quem nos chama a atenção no uso dos termos é o historiador Domenico Losurdo, em entrevista ao Escrevinhador.) Leia a seguir a opinião das lideranças judaicas no Brasil. === Lideranças da comunidade judaica no Brasil apoiam ações militares de Israel Quando Israel impediu que navios levando ajuda humanitária para Gaza chegassem ao território palestino por meio de uma ação militar em que nove pessoas morreram, o Estado judeu começou a receber uma onda de críticas não apenas de movimentos pró-palestina, mas também de figuras políticas ao redor do mundo. As condenações ganharam força após o ataque, ontem (7/6), a uma embarcação palestina, que supostamente carregava armas, em que mais quatro pessoas morreram. Representantes da comunidade judaica brasileira – a segunda maior da América Latina – defenderam as ações militares israelenses em entrevista ao Opera Mundi. Para eles, o país agiu para se defender e que o bloqueio ao território palestino é necessário para garantir a paz no Oriente Médio. Na opinião do presidente da Conib (Confederação Israelita do Brasil) e presidente do Hospital Israelita Albert Einstein, Cláudio Lottenberg, a morte de civis do barco turco Mavi Marmara é “absolutamente lamentável”. Ele considera, porém, que o caminho do diálogo poderia ter sido buscado pelos ativistas. “Não entendemos por que toda a ajuda humanitária não pode ser encaminhada numa operação conjunta com os israelenses, como tem sido proposto, em vez de se buscar a via do confronto”. Como representante da comunidade judaica brasileira, Lottemberg afirmou também que Israel tem o direito de se defender e que a “raiz do problema no Oriente Médio está no fato de o direito à existência de Israel ser, desde sua criação até hoje, rejeitado por forças como o Hamas, o Hezbolá e o Irã”. Já o professor José Luiz Goldfarb, conselheiro da Associação Brasileira Hebraica de São Paulo, rechaça a acusação do primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, para quem Israel é um Estado terrorista. Para Goldfarb, o país agiu em defesa própria ao impedir que o comboio humanitário chegasse a Gaza. “Cada vez estão mais longe de um acordo. Eu não entendi a estratégia de enviar um barco e causar uma crise internacional”, afirmou. “É lamentável que tenha ocorrido desta forma, muitas vidas foram perdidas. Mas a reação das pessoas do barco não foi muito pacífica.” “A Suprema Corte de Israel é uma das mais justas do planeta. Um Estado terrorista não tem uma Suprema Corte tão justa”, disse, ao contestar a afirmação de Erdogan. A matéria completa pode ser lida aqui