Verdade nua e crua: Bayern ganhou quando quis e como quis do Flamengo

O discurso do jogou de igual para igual durante alguns minutos soa como música aos ouvidos da torcida. Culpar erros individuais é um lenitivo. Mas a verdade é que o Bayern de Munique nunca teve sua classificação ameaçada pelo valente Flamengo.

Os tais erros individuais foram fruto de muita pressão. Aos seis minutos, Pulgar fez contra, de cabeça, em cobrança de escanteio. Parecia Fernandinho contra a Bélgica em 2028. Erro individual? Sim, mas já era o segundo escanteio. Já havia pressão contra um time assustado.

Nove minutos. Rossi toca para Arrascaeta, que é desarmado por Upamecano. Por trás. Sem falta. Pressão. Bola para Harry Kane. Gol.

A imagem da televisão mostra a incredulidade dos jogadores do Flamengo. Não há o que fazer, a não ser lutar. O Flamengo ataca e o Bayern relaxa. Neuer faz defesa excepcional em chute de Luiz Araújo. Mérito do goleiro, erro inexplicável do atacante brasileiro.

Mais 15 minutos e Gerson acerta um chutaço de esquerda. Flamengo entra no jogo? Não. Quem entra é o Bayern, que volta a pressionar. Aos 41, Luiz Araújo rifa a bola, Goretzka mata no peito, da dois passos e marca Rossi saiu do lado errado.

Houve pressão do Flamengo, houve boas jogadas, mas a vitória nunca foi ameaçada.

Nem aos dez minutos quando Jorginho ho converteu um pênalti bem marcado. Felipe Luiz tirou Arrascaeta, colocou Bruno Henrique e, novamente pressionado, tentava bolas esticadas para o novo atacante. Tentava um escape da marcação alta e da pressão do Bayern.

Aos 28 minutos, Luiz Araújo tenta sair driblando (olha a pressão aí) e perde para Kimmich. Ele tocou para Kane, que fez o último gol do jogo.

Então, entraram de la Cruz, Ayrton Lucas e Wallace Yan e o Flamengo melhorou. Insuficiente para fazer o terceiro, que seria insuficiente para a prorrogação.

O Flamengo não tem do que se envergonhar. Jogou no limite contra um time melhor e que sou induzi-lo ao erro. Aos erros. Quatro erros. Quatro gols. Adeus às quartas.