Galoppo no River: único acerto entre muitos erros

Contratado em julho de 2022 sob muita expectativa, o argentino volta ao seu país sem haver rendido o que de esperava dele e sem achar sua verdadeira posição

Galoppo, direita, e Rojas fazem exames médicos na Argentina.Créditos: Reprodução Twitter
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Giuliano Galoppo já fez exames médicos no River Plate e será anunciado como novo jogador de Marcelo Gallardo ainda hoje. Ele vai emprestado por um ano,com preço avaliado em 3,2 milhões de dólares por 50% dos direitos.

A formatação inicial do negócio previa a cessão do lateral esquerdo Enzo Dias do River para o São Paulo pelo mesmo período e com o mesmo valor, mas por 100% dos direitos. O São Paulo não estaria interessado no lateral e busca uma compensação.

A ida de Galoppo para o River é uma operação de contenção de danos para uma contratação anunciada com grande pompa e que se revelou um fracasso. Contratado em julho de 2022 por 4 milhões de dólares, hoje Galoppo poucas vezes é relacionado para o banco de reservas.

O que deu errado?

O anúncio da negociação pela Revista El Gráfico explica muita coisa.o River pensa em Galoppo como um volante de bom passe e boa saída de bola, para fazer a conexão com o armador. Um jogador que faz falta desde a saída de Nico de la Cruz para o Flamengo.

Na Argentina, é muito comum os times se armarem com um volante de contenção, central, e outros dois, ao lado, atacando e defendendo. O vaivém.

No Brasil, não se joga assim, no 4-3-1-2. Aqui, temos 4-4-2, 4-3-3 ou 4-2-3-1.

Não existe a posição de Galoppo. 

E ainda houve um erro conceitual na contratação. Pensavam que Galoppo pudesse ser o substituto de Gabriel Sara, totalmente diferente.

Mais um problema: Rogério Ceni, então treinador, não pediu Galoppo. Tinha outras necessidades. 

Mesmo assim, foi com Rogério que ele atuou bem, mais adiantado. Fez gols, até de cabeça, é perfeito na cobrança de pênaltis, mas uma contusão o afastou por bom tempo.

Voltou e não havia lugar para ele. Talvez com Luiz Gustavo (Pablo Maia) fixo, Alisson de um lado e ele de outro. Três volantes para um armador. Oscar. Lucas e Calleri na frente. Ou seja, para ele jogar, Luciano e Ferreirinha iriam para o banco. E Lucas viraria ponta. Ou faria dupla com Oscar no 4-3-2-1.

O jeito era sair mesmo. Para diminuir a folha de pagamento, inclusive. Deixará saudades por seu comportamento apaixonado e comprometido com o clube do que com bom rendimento em campo.

 

 

 

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