DESEMPREGO

Treinadores brasileiros precisam mudar se quiserem retornar ao mercado

Nove clubes da Série A possuem treinadores estrangeiros. E a conta pode aumentar em breve

Mano Menezes deixou o Corinthians e está no mercado.Créditos: Reprodução Twitter Mano Menezes
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Há poucos tempo, a roda do mercado giraria assim:

Galo demitiu Felipão.

Falo contrata Mano.

Felipão assume o São Paulo, que demitiu Carpini.

Carpini assume o Cuiabá.

Nada disso.

O Galo contratou o argentino Milito.

O São Paulo contratou o argentino Zubeldia.

O Cuiabá optou pelo português Petit.

Felipão e Mano, que já dirigiram a seleção brasileira - Felipão foi campeão do mundo - continuam desempregados. E Carpini, que conseguiu dois vices no ano passado, com Água Santa e Juventude, também.

Não interessa o perfil: veterano, novato, estudioso, empírico, o mercado brasileiro está fechado para treinadores brasileiros. Dos vinte clubes da Série A, apenas fez têm brasileiros no comando. Nove são dirigidos por estrangeiros. O número pode aumentar se o Vasco, que demitiu o argentino Ramón Diaz, oficializar o uruguaio Pezzolano.

Os brasileiros estão pagando pela acomodação a que se recolheram nos últimos anos . Quem oferece algo novo? Esquema, postura, treinamentos diferenciados, cursos fora do Brasil? 

É claro que nem todo treinador estrangeiro é bom, é infalível ou perfeito. Mas os clubes, eles mesmos mal dirigidos, cansaram da mesmice. Preferem arriscar algo novo, uma surpresa. É difícil discordar.