HERÓI E VILÃO

Luciano, entre amor e ódio, ofusca Lucas e Calleri e vira referência no São Paulo

Entre gols e reclamações, atacante do São Paulo não é unanimidade entre os torcedores, mas não há treinador que não queira contar com ele

Zubeldia comemora o gol de Luciano contra o Talleres.Créditos: Reprodução Twitter São Paulo
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Luciano nunca será uma unanimidade entre a torcida do São Paulo. Tem, claro, um grito só para ele - é Luciano - mas também há os que falam muito alto para criticá-lo.

E todos mundo está certo. Luciano é um pacote completo. É marrento, vive brigando, acumula amarelos, prende muito a bola, atrasa jogadas, é uma bomba relógio. Mas também traz a certeza de uma ampulheta: a cada três jogos, tem um gol de Luciano. No ano, é o artilheiro com nove em 27 jogos. No total, são 76 gols em 228 partidas. Impressionante a regularidade.

Sempre no fio da navalha, seu estilo esteve marcado na vitória contra o Talleres. No final do primeiro tempo, já nos acréscimos, jogo empatado e Lucas erra um pênalti. Goleiro se adiantou, nova cobrança e gol. 

Ufa! Sair em vantagem sao final do primeiro tempo seria fundamental. E ela estava garantida, só faltavam dois minutos. Tempo suficiente para Luciano cometer um pênalti desnecessário, uma solada sem sentido. Bom para ele que o árbitro não viu. Um empate o tornaria um vilão.

E, no final do jogo, aparece o herói. Um pombo sem asa de fora da área decretou o segundo gol e o fim de pensamentos ruins que estavam chegando.

Luciano, que muitos adoram odiar e outros odeiam amar, está sendo mais decisivo que Calleri e Lucas, sempre contundidos. Enquanto jogou 27 vezes, Lucas participou de onze e Calleri esteve em 20. Luciano, o cara de 20 gols por ano, precida jogar. Sempre, a menos, que esteja suspenso, o que não é raro. Faz parte do pacote.