Quem dissesse no começo do ano que Yuri Alberto seria o artilheiro do Brasileirão, seria taxado de louco e internado em um hospício. Pois está na hora - já passou da hora - de ter alta.
O centroavante corintiano foi o artilheiro do Brasileirão, com 15 gols, ao lado de Alerrando, do Vitória. Mais do que isso: foi o artilheiro do Brasil na temporada, com 31 gols, um a mais que Pedro, que está afastado por contusão. Além dos 15 gols no Brasileirão. Yuri Alberto marcou cinco gols no Paulista, dois na Copa do Brasil e nove na Sul-americana.
Te podría interesar
Seu contrato termina em 2027, mas ele foi honesto e disse que gostaria de jogar no Campeonato Inglês.e que vai estudar propostas.
A recuperação de Yuri Alberto, que chegou a ser banco de Pedro Raul e que sofreu muitas críticas por gols perdidos e uma suposta "grossura", com dificuldades no trato com a bola foi espetacular. De "grosso" para "é grosso, mas é o nosso grosso" até a idolatria atual.
Te podría interesar
Em um jogo, só ser substituído, foi chamado de "burro", por Mano Menezes, então treinador do Corinthians. Teve também contusões como tendinite no bíceps e a necessidade de extrair pedras da vesícula. Tudo isso em um jovem de 23 anos é caldo de cultura para um mau rendimento.
No processo de recuperação, Yuri Alberto teve ajuda de Anahí Couto, psicóloga contratada em janeiro, após trabalhar dez anos no São Paulo. Tem também uma psicóloga particular.
Em publicação no twitter, Anahí conta que Yuri Alberto nunca perdeu o sorriso mesmo sendo vítima de "avalanche de críticas desproporcionais, cobranças, desrespeito cirurgia". Diz que ele aumentou o conceito do que é ser resiliência e terminou com um pedido. "Que todos tenhamos a chance de cuidar de nossas emoções, pensamentos e comportamentos, isso é fundamental para nosso crescimento e qualidade de vida".
No LinkedIn, Anahí diz: "Atuo há 25 anos no desenvolvimento da alta performance emocional de profissionais e equipes que buscam autoconhecimento e evolução. O aprimoramento de lideranças e capacitação das soft skills, bem como a relação que estabelecemos com o cenário digital fazem parte desse processo, uma vez que tornam-se indispensáveis por vivermos intensamente a 4° Revolução Industrial".
A presença de psicologia no futebol profissional ainda é um tabu. Não há, em muitos clubes, a presença permanente de um profissional da área nas comissões técnicas. O São Paulo, por exemplo, não contratou um substituto para Anahí.
A recuperação de Yuri Alberto é um exemplo de como a Ciência precisa estar presente no esporte de alto rendimento.