"Que se vayan todos", gritavam jovens no Monumental de Nunez, no show de uma Taylor Swift, que nada entendia. Eram seguidores de Javier Milei, que se elegeria presidente pouco depois.
O candidato com uma motosserra, que prometia acabar com a "casta política", toda ela e que montou um Ministério com figuritas carimbadas da turma de Maurício Macri. Mais "casta" que isso?
Quando o País vai mal, há sempre o risco de um populista de direita ou extrema direita aparecer gritando "todos, fora".
O Brasil teve três casos: Jânio Quadros, Fernando Collor de Mello e Jair Bolsonaro. O homem da vassoura, o caçador de marajás e o abilolado das fake news e da metralhadora.
O que parece solução é apenas tentação. Vôo cego.
Mas, e no futebol brasileiro? O domínio foi de João Havelange ao genro Ricardo Teixeira, Zé Maria Marin, Marco Polo dele Nero, Rogério Caboclo, Major Nunes e Ednaldo Rodrigues, o deposto que voltou.
Corrupção, prisão, assédio moral e a grande mentira chamada Ancelotti.
Após a Copa perdida - a quinta seguida - o Brasil teve dois treinadores interinos. Ramón e Diniz, dois fracassos.
Que se vayan todos!
E qual a solução?
Que os clubes se organizem, enfrentem o poder das federações e tomem o poder!
Doce ilusão. Não estão à altura da história dos clubes que presidem.
Se ao menos desse para sonhar com uma candidatura de protesto, um grito solto no ar.
Impossível.
Todos, fora!
Que se vayan todos!