Fernando Diniz divulgou a lista de convocados para os jogos das Eliminatórias, contra a Colômbia em Barranquilla e a Argentina, no Maracanã. E na lista há uma surpresa que não deveria ser surpresa: Endrick, atacante de 17 anos do Palmeiras. Bastaria a grande partida que fez contra o Botafogo - foi decisivo na virada por 4 x 3 - mas há outros jogos que, em conjunto, podem justificar a convocação. E, se as previsões se confirmarem - dificilmente não se confirmarão - Diniz poderá colocar no currículo o fato de ter sido o primeiro a convocar Endrik, quando ele for titular nas próximas Copas do Mundo.
Fica uma dúvida no ar: e se Abel Ferreira tivesse colocado Endrick contra o Boca, em São Paulo. O Palmeiras havia empatado na Bombonera e acabou empatando novamente. Foi eliminado nos pênaltis. O garoto poderia ter mudado o jogo, mas foi banco de Marcos Rocha. A favor de Abel, lembremos que a dupla Maike e Marcos Rocha - dois laterais - tinha dado certo em outros jogos. Mas fica a impressão de que faltou coragem a Abel, mesmo porque o Palmeiras negou a convocação de Endrick para seleções sub-20, o que indicava a intenção de utilizá-lo bastante antes da ida para o Real Madrid no próximo ano, quando formará um ataque brasileiro com Rodrygo e Vinicíus Jr. Talvez o ataque de 2026 na Copa do Mundo.
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A chegada de Endrick coincide com a saída de Neymar. O que pode parecer uma passagem de bastão se deve à contusão de Neymar em Montevidéu, na derrota por 2 x 0 para o Uruguai. Há outras mudanças no ataque brasileiro. Diniz deixou de lado Richarlison, que tem jogado muito mal e Mateus Cunha, que sempre me pareceu inexplicável e inapropriado para a seleção. Chamou João Pedro, ex-Xerém, atualmente no Brighon, Pepê, do Porto, Paulinho, do Galo e a volta de Raphinha, que se contundiu na última chamada e deu lugar a David Neres, agora esquecido.
Está novamente Gabriel Jesus, alguém em quem Diniz confia muito, apesar de já ter ido a duas Copas e nada ter feito de marcante. Nenhum gol. Marcos Leonardo poderia ser outro nome. Enfim, é um ataque renovado, o que era necessário diante dos últimos resultados, o 1 x 1 contra a Venezuela e a derrota para o Uruguai.
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É uma lista ok, sem injustiças, mas que deixa claro a fragilidade atual do futebol brasileiro. Os laterais chamados foram Emerson Royal ( deve ter feito pacto na encruzilhada), Carlos Augusto e Renan Lodi. Nada de Carlos Alberto Torres, Zé Maria, Leandro, Júnior, Vladmir, Leonardo....
Os nomes são tão fracos que chego a sentir falta de Paquetá.