Entrou mudo e saiu calado. O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, ficou em silêncio durante depoimento à Polícia Federal nesta quinta-feira (18). Mas o silêncio de Mauro Cid é um grito de libertação. Preso há 15 dias, o braço direito do ex-mandatário de extrema direita foi convocado pela PF para prestar esclarecimentos no caso que investiga a fraude nos cartões de vacinação de Bolsonaro, sua filha adolescente e outras pessoas próximas ao ex-presidente. E esse é apenas um dos casos em que é investigado. Por que Mauro Cid não apagou os registros de seu celular? Ora, para delatar ele precisará de provas (lembrando que delação sem provas era coisa da Lava Jato). Bolsonaro já percebeu esse movimento e abandonou o militar: “cada um segue com sua vida”. Inelegibilidade e prisão à vista? Confira a análise de Renato Rovai, editor da Fórum.