No dia em que se completam 57 anos do golpe militar de 1964, Jair Bolsonaro (Sem Partido) joga a caserna explicitamente no jogo político e desafia generais, que se recusaram a transformar as Forças Armadas em um puxadinho da milícia de Rio das Pedras.
A demissão conjunta de Edson Pujol (Exército), Ilques Barbosa (Marinha) e Antônio Carlos Moretti Bermudez (Aeronáutica), em feito inédito na História do Brasil traz com a ela a sombra do pesadelo que pairou sobre o país durante a ditadura militar.
Alçado ao poder pela defesa da mesma política econômica que instaurou a ditadura no país, Bolsonaro demitiu Azevedo e Silva e colocou em seu lugar um especialista na milícia fluminense.
Em menos de 24 horas no cargo, Walter Braga Netto defendeu nesta terça-feira (30) que “devem ser compreendidos e celebrados os acontecimentos” de 31 de março de 1964, insultando a memória de milhares de famílias que perderam parentes nos porões da ditadura - a exemplo do que faz Bolsonaro com os mais de 317 mil mortos pela pandemia.
O Fórum Café recebe nesta terça-feira (31) o ex-secretário de Direitos Humanos do governo Lula, Nilmário Miranda, que foi preso e torturado na ditadura e conhece milhares de histórias semelhantes à sua.
Apresentação: Plínio Teodoro