SAÚDE

Químicos tóxicos e invisíveis estão presente em tudo que você come e toca; saiba como combatê-los

Eles são usados na produção de um sem-número de produtos da indústria, e o contato direto pode ocorrer pelo solo, pela água e pelo ar; mas há uma forma de diminuir suas consequências nocivas no corpo

Produtos de limpeza e itens resistentes, como baldes e luvas, também podem conter PFAS.Créditos: Pixabay
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Um grupo de substâncias químicas está presente em quase tudo com que você tem contato: os PFAS (per e polifluoroalquil) são usados na produção de um sem-número de produtos da indústria porque são capazes de torná-los impermeáveis, antiaderentes, resistentes a manchas e repelentes de gordura. Por serem tão resistentes, não se decompõem no ambiente; e, na verdade, podem permanecem nele por séculos.

Eles estão em tudo: de tapetes a panelas, de embalagens de alimentos aos fios dentais e alguns cosméticos, os PFAS também são liberados no ambiente (solo, água e ar) por meio de processos como o tratamento do lixo ou da água.

Isso significa que até a água potável pode ter traços de substâncias sintéticas e de químicos que se acreditam ser tóxicos no contato com humanos. Os PFAS têm sido associados por pesquisas a problemas de saúde como câncer, aumento de colesterol, modificações na tireoide, obesidade e enfraquecimento do sistema imunológico.

Existem mais de 10 mil tipos de produtos químicos PFAS, informa o Silent Spring Institute, e "pessoas podem estar expostas a essas substâncias por meio de contato direto" o tempo inteiro.

Além do contato constante com os químicos, sua permanência no corpo humano é de longa duração. O corpo humano precisa de vários anos até decompô-las por completo, e não existem medicamentos capazes de eliminá-las.

No entanto, ao consumir determinados alimentos ricos em fibra, é possível acelerar esse processo. É o que mostra um estudo-piloto feito com camundongos de laboratório, intitulado "Uma intervenção com fibra de aveia para reduzir a carga corporal de PFAS".

Um outro estudo de larga escala feito com cerca de 6.400 voluntários ao longo de 11 anos (entre 2005 e 2016) comprovou a redução de pelo menos três substâncias PFAS no sangue dos participantes cuja dieta teve aumento na ingestão de fibras. Outra associação positiva é aquela entre a ingestão de vegetais e de algumas leguminosas, como feijão e soja.

Um estudo clínico canadense publicado no periódico Environmental Health também comprova a redução de compostos PFAS no corpo de pessoas que ingeriam suplementos de fibra, administrados por quatro semanas: "A intervenção com fibras foi bem-sucedida na redução dos níveis de PFOA e PFOS, PFAS de cadeia longa que agora estão sendo substituídos por PFAS de cadeia curta", conta o resultado do estudo.

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