A disparada no preço do azeite, decorrente da crise nas plantações de oliveira na Europa, provocaram um aumento considerável na falsificação dos produtos.
Somente neste ano, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) já realizou 48 autos de infração e, juntamente com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), proibiu a comercialização de 29 marcas vendidas no país - veja a lista ao final da reportagem.
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Coordenadora de Fiscalização da Qualidade Vegetal do Mapa, Ludmilla Verona explicou à Agência Brasil, que a adulteração quase sempre acontece quando o produto, importado, chega ao país.
“Na maioria dos casos, observamos que a importação do azeite de oliva a granel é feita de forma legal”, diz Ludmilla, explicando que o óleo chega ao país em galões ou barris, para o envase. “É nesse momento que a fraude é realizada, com a adição de outros óleos vegetais, para aumentar o rendimento do produto”, emenda.
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“Algumas das marcas [importadas] são conhecidas [em seus países de origem], mas o Ministério não avalia propriamente a origem [da principal matéria-prima]. Como há a possibilidade [dos fraudadores] utilizarem rótulos de marcas idôneas, o Ministério sempre divulga não só o nome da marca, para alertar os consumidores quanto ao risco para os consumidores, mas também o lote e os dados das empresas importadoras e responsáveis pela comercialização no Brasil”, explicou.
Segundo ela, para evitar a compra de produtos falsificados, o consumidor deve desconfiar sempre quando o preço tiver muito abaixo da média e ficar atento ao rótulo, já que muitas empresas misturam o azeite com outros óleos, mas disfarçam isso na embalagem.
Além disso, a falsificação pode ser nota cheirando o produto. O azeite tem o aroma de azeitona, já que é feito com o "suco" do fruto da oliveira. Caso o produto tenha um cheiro mais de óleo vegetal, possivelmente ele foi adulterado.
O Ministério da Agricultura recomenda ainda que se dê preferência a azeites com data de envase mais recente; e que o vidro da embalagem deve ser sempre escuro.
Além do azeite, o Ministério da Agricultura fez uma lista com as marcas de café e feijão que não passaram nos testes - consulte aqui.
Veja a lista dos azeites proibidos no Brasil em 2024 ou consulte diretamente no site do Mapa.
15/03/2024
- Terra de Óbidos;
- Serra Morena;
- De Alcântara;
- Vincenzo;
- Az Azeite;
- Almazara;
- Escarpas das Oliveiras;
- Don Alejandro;
- Mezzano;
- Uberaba.
09/10/2024
- Málaga;
- Rio Negro;
- Quinta de Aveiro;
- Cordilheira;
- Serrano;
- Oviedo;
- Imperial;
- Ouro Negro;
- Carcavelos;
- Pérola Negra;
- La Ventosa
22/10/2024
- Almazara
- Alonso
- Don Alejandro
- Escarpas das Oliveiras
- Garcia Torres
- Grego Santorini
- La Ventosa
- Olivas Del Tango
- Quinta de Aveiro
- Quintas D'Oliveira
- Vincenzo
- Vila Real
Com informações da Agência Brasil