O pâncreas libera insulina no sangue quando os níveis de glicose aumentam, porém o pâncreas de pessoas com diabetes tipo 1 não consegue regular o controle. Para facilitar o tratamento da doença, especialistas em tecnologia com diabetes tipo 1 desenvolveram um "pâncreas biônico".
Este mecanismo é um software que mede constantemente os níveis de glicose por meio de um algoritmo. Com os dados da glicose, o sistema programa a bomba de administração de insulina, com horário determinado e quantidade necessária.
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Mais de 30 mil pessoas já usaram o programa, chamado Tidepool Loop, para automatizar a administração de insulina, seja por um sistema OpenAPS – que requer um computador para o controle – seja um AndroidAPS – que são aplicativos para dispositivos móveis, como celulares.
A repercussão com o governo dos EUA
A Administração de Alimentos e Drogas dos EUA (FDA, na sigla em inglês) autorizou, pela primeira vez, um sistema de administração automatizada de insulina, em janeiro deste ano. Lançado em 2017, o primeiro programa comercial é utilizado por mais de 750 mil usuários.
No último ano, ensaios clínicos comprovaram a segurança e eficácia dos sistemas independentes. Um estudo da Associação Americana de Diabetes (ADA, na sigla em inglês) e outro do The New England Journal of Medicine (NEJM) mostraram a eficiência das tecnologias aplicadas.
A diabetes tipo 1
A diabete tipo 1 se desenvolve pela incapacidade do pâncreas metabolizar a glicose ingerida nos alimentos. Isso porque o pâncreas produz pouca – ou nenhuma – insulina, o hormônio responsável por quebrar a glicose. Sem ser absorvida, a glicose circula em quantidade desreguladas na corrente sanguínea.
Esse tipo atinge, sobretudo, crianças e adolescentes. A glicose, ao não ser absorvida, não funciona como gasto calórico e o diabético fica sem energia para executar suas atividades. Caso o paciente não use a medicação, ele pode provocar a cetoacidose diabética, uma complicação metabólica ligada a diabetes que pode levar à perda significativa de líquidos e eletrólitos.
De acordo com a Federação Internacional da Diabetes (IDF), o Brasil possui 16,8 milhões de casos, das quais entre 5% a 10% são do Tipo 1.