O câncer de vulva é uma condição rara, mas séria, que afeta as partes externas da genitália feminina. Embora seja menos comum do que outros tipos de câncer mais conhecidos e divulgados, como o de mama ou o de colo de útero, o câncer de vulva merece atenção devido aos seus desafios diagnósticos e impacto na vida das mulheres afetadas.
A ausência de conhecimento sobre essa condição ginecológica pode resultar em diagnósticos tardios, muitas vezes levando a tratamentos intensivos e impactantes para as mulheres. Aproximadamente 69% dos casos de câncer de vulva poderiam ter sido prevenidos se não fosse a pouca discussão acerca do carcinoma.
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Especialistas avaliam que diálogos construtivos sobre esse assunto têm o potencial de quebrar os estigmas que envolvem a genitália feminina, promovendo um melhor entendimento da anatomia feminina e, por conseguinte, uma maior habilidade na identificação de sintomas anormais.
Causas e Fatores de risco
O câncer de vulva geralmente se desenvolve quando as células da vulva sofrem mutações genéticas que levam ao crescimento descontrolado. Embora as causas exatas ainda não sejam totalmente compreendidas, existem alguns fatores de risco conhecidos segundo informações do Hospital Israelita Albert Einstein:
- Infecção por HPV (Papilomavírus Humano): Infecções persistentes por certos tipos de HPV podem aumentar o risco de câncer de vulva.
- Idade: O risco aumenta com a idade, sendo mais comum em mulheres acima de 60 anos.
- Tabagismo: Fumar pode aumentar o risco de desenvolver câncer de vulva.
- Imunossupressão: Pessoas com sistemas imunológicos enfraquecidos, como aquelas com HIV ou que fizeram transplante de órgãos, podem estar em maior risco.
- Líquen escleroso: Essa condição de pele crônica, que afeta a vulva, está associada a um maior risco de câncer vulvar.
Sintomas
Os sintomas do câncer de vulva podem variar, mas os mais comuns incluem:
- Coceira persistente ou dor na vulva.
- Irritação ou feridas que não cicatrizam.
- Nódulos ou protuberâncias na vulva.
- Sangramento anormal.
- Mudanças na cor da pele da vulva.
- Dor ou sensibilidade.
É importante que qualquer mulher que possua algum desses sintomas consulte um profissional de saúde para uma avaliação adequada.
Diagnóstico e Tratamento
O diagnóstico do câncer de vulva envolve uma série de exames, incluindo:
- Exame físico: O médico examinará a vulva em busca de quaisquer anormalidades visíveis.
- Biópsia: Uma amostra de tecido é retirada da vulva para análise em laboratório.
- Tomografia computadorizada ou ressonância magnética: Esses exames de imagem podem ajudar a determinar a extensão do câncer.
O tratamento do câncer de vulva dependerá do estágio da doença e da saúde geral do paciente. As opções incluem:
- Cirurgia: A cirurgia é frequentemente o tratamento principal e pode envolver a remoção de parte ou de toda a vulva, dependendo da extensão do câncer.
- Radioterapia: Pode ser usada antes ou após a cirurgia para destruir células cancerosas restantes.
- Quimioterapia: Em alguns casos, a quimioterapia pode ser necessária para tratar o câncer de vulva avançado.
- Imunoterapia: É um tipo de tratamento em que o sistema imunológico do paciente é estimulado para combater as células cancerosas.
Prevenção e Conscientização
A prevenção do câncer de vulva envolve a redução dos fatores de risco, como evitar o tabagismo e a prática de sexo seguro para reduzir o risco de infecção por HPV. Além disso, é importante estar ciente dos sintomas e realizar exames ginecológicos regulares.
A conscientização sobre o câncer de vulva é fundamental para promover diagnósticos precoces e melhorar as taxas de sobrevivência. A educação sobre os fatores de risco, sintomas e opções de tratamento pode salvar vidas e ajudar as mulheres a tomarem medidas preventivas.