Um estudo desenvolvido pela instituição filantrópica Cancer Research UK revelou que pacientes que diagnosticados com câncer de pâncreas possuem menos chance de sobreviverem à doença que pessoas com câncer em outros órgãos. Porém, uma pesquisa da Universidade Batista de Hong Kong, na China, aponta que uma planta muito popular é eficaz no tratamento desse tipo de enfermidade.
A substância, chamada isoliquiritigenina (ISL), está presente na planta medicinal alcaçuz. O teste para medir a eficiência da planta foi feito em camundongos e fez os especialistas acreditarem que estão mais próximos de criarem um método aperfeiçoado do tratamento de câncer de pâncreas.
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Em média, os pacientes possuem cerca de 10 anos de sobrevida após a descoberta da doença. De acordo com entrevista dada pelos cientistas envolvidos na pesquisa, o ISL faz com que as células cancerígenas morram mais facilmente nos experimentos de laboratório.
“Vale a pena considerar este composto para o desenvolvimento de uma nova geração de tratamento quimioterápico. O ISL possui propriedade única de inibir a progressão do câncer pancreático por meio do bloqueio de autofagia, que é um processo natural em que as células do corpo limpam componentes danificados ou desnecessários”, explicou Joshua Ko Ka-Shun, professor da universidade.
Outro ponto é que a isoliquiritigenina aumenta as chances de eficácia das medicações que são utilizadas durante a quimioterapia. A imprensa britânica noticiou que os pesquisadores “descobriram que usar uma unidade de 30 miligramas por quilograma de ISL em tumor resultou em uma redução de cerca de 500 milímetros cúbicos.”
A expectativa é de que a substância possa contribuir para uma melhor qualidade de vida do paciente, tanto através do andamento do tratamento, quanto em relação aos seus efeitos colaterais.
O alçacuz, também conhecido como regaliz, é uma planta roxa, que possui um sabor adocicado e é comumente utilizada para tratar mal-estar no estômago, inflamações no corpo e doenças respiratórias.