ADOÇANTE ARTIFICIAL

Produto com potencial cancerígeno tem recomendação de consumo mantida pela Anvisa

A recomendação de uso diário é de até 40 miligramas por quilo de peso, de acordo com a agência

O aspartame já foi relacionado a diversos danos físicos por conta de seu uso, mas sem comprovação científica.Créditos: Pixabay
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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou, na última sexta-feira (14), uma nota em que mantém a recomendação de uso do aspartame em até 40 miligramas por quilo de peso. A agência diz que se manterá inteirada sobre o assunto de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS).

O aspartame, que é um tipo de adoçante artificial criado em 1965, já foi associado como causador de dores de cabeça, doença de Alzheimer, câncer, dentre outros danos. No entanto, não havia nenhuma comprovação científica.

Na última quinta-feira (13), a Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer (Iarc), entidade vinculada à OMS, incluiu o aspartame na classificação de produtos "possivelmente cancerígenos".

O Comitê Conjunto de Especialista em Aditivos Alimentares (JECFA), da Organização para a Alimentação e a Agricultura (FAO), também estava pesquisando sobre o assunto e teve a mesma conclusão da Iarc, mas acredita que o resultado não indicava alerta o suficiente para alterar a ingestão diária de 40 miligramas por quilo de peso.

“Até o momento, não há alteração do perfil de segurança para o consumo do aspartame, de modo que a Anvisa seguirá acompanhando atentamente os avanços da ciência a respeito do tema. Além disso, é importante ter em conta que não há novas recomendações aprovadas pela OMS", diz a Anvisa em nota.

No entanto, a agência continuará discutindo sobre a fiscalização do produto. Qualquer alteração na conclusão da OMS ou da FAO pode acarretar na mudança do consumo diário recomendado do edulcorante.

Vale ressaltar que os produtos que possuem a substância e são vendidos no Brasil respeitam os limites impostos pela agência, que estuda uma maneira de deixar mais claro a presença do aspartame nas embalagens e seus potenciais riscos.