A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou, na última sexta-feira (14), uma nota em que mantém a recomendação de uso do aspartame em até 40 miligramas por quilo de peso. A agência diz que se manterá inteirada sobre o assunto de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS).
O aspartame, que é um tipo de adoçante artificial criado em 1965, já foi associado como causador de dores de cabeça, doença de Alzheimer, câncer, dentre outros danos. No entanto, não havia nenhuma comprovação científica.
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Na última quinta-feira (13), a Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer (Iarc), entidade vinculada à OMS, incluiu o aspartame na classificação de produtos "possivelmente cancerígenos".
O Comitê Conjunto de Especialista em Aditivos Alimentares (JECFA), da Organização para a Alimentação e a Agricultura (FAO), também estava pesquisando sobre o assunto e teve a mesma conclusão da Iarc, mas acredita que o resultado não indicava alerta o suficiente para alterar a ingestão diária de 40 miligramas por quilo de peso.
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“Até o momento, não há alteração do perfil de segurança para o consumo do aspartame, de modo que a Anvisa seguirá acompanhando atentamente os avanços da ciência a respeito do tema. Além disso, é importante ter em conta que não há novas recomendações aprovadas pela OMS", diz a Anvisa em nota.
No entanto, a agência continuará discutindo sobre a fiscalização do produto. Qualquer alteração na conclusão da OMS ou da FAO pode acarretar na mudança do consumo diário recomendado do edulcorante.
Vale ressaltar que os produtos que possuem a substância e são vendidos no Brasil respeitam os limites impostos pela agência, que estuda uma maneira de deixar mais claro a presença do aspartame nas embalagens e seus potenciais riscos.