A doença de Alzheimer (DA) foi relacionada a quantidade de massa muscular magra, em estudo publicado pela revista britânica BMJ Medicine. O objetivo do estudo era de examinar a relação de causa e efeito entre o risco de Alzheimer e os níveis baixos de massa muscular magra.
O estudo obteve resultados que indicam que uma quantidade de massa muscular magra acima da média está associada à redução de 12% do risco da doença de Alzheimer. A média corporal masculina de massa magra varia entre 80% a 90%, enquanto a média feminina varia de 70 a 85%.
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Outra correlação encontrada foi entre o alto índice de massa corporal magra com um aumento de desempenho cognitivo. A conclusão do estudo identificou um argumento sustentado geneticamente que assinala a massa muscular magra à redução do risco da doença de Alzheimer e ao desempenho cognitivo acima da média.
O estudo inferiu que, caso esses resultados encontrem apoio em pesquisas futuras, a prioridade da saúde pública deve ser em mobilizar esforços para a melhora de massa magra corporal, por meio da promoção de atividades e exercícios físicos.
Foram usados dados genéticos armazenados no UK BioBank de mais de 450 mil participantes. A amostragem contou com 21.892 paciente com Alzheimer e 41.944 pacientes controle, aqueles sem a doença. Uma amostra de validação teve 7.329 pessoas diagnosticadas com a DA e 252.879 sem o diagnóstico. Por fim, 269.867 participaram de um estudo de desempenho cognitivo.
Em outro estudo, realizado pela revista científica Journal of Alzheimer's Disease, o maior risco de DA foi associado à obesidade, no qual a degeneração do cérebro em pessoas com excesso de peso tem semelhanças com o padrão visto em pacientes com Alzheimer.
Contudo, de acordo com o estudo da BMJ Medicine, a quantidade de gordura no corpo não influencia no risco da DA: "Nossos resultados refutam um grande efeito da massa adiposa no risco da doença de Alzheimer e destaca a importância da distinção entre massa magra e e massa gorda na investigação do efeito da adiposidade nas consequências da saúde", relata o estudo.