SAÚDE MENTAL

Ex-BBB revela ter sofrido de Síndrome do Impostor; saiba o que é e quais os sintomas

Entenda os sintomas e tratamento do distúrbio que afeta nomes como Michelle Obama e Serena Williams

Síndrome do Impostor.Créditos: Wikimedia Commons
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Bruna Griphao, que teve participação no Big Brother 2023 (BBB 23) e é conhecida por diversas novelas, em entrevista após lançamento de seu primeiro single, contou que possuía Síndrome da Impostora e, por isso, demorou para decidir ingressa no mundo musical. Tudo isso acende um alerta para entender o que é a Síndrome do Impostor, quais sintomas e como tratar.

O que é a síndrome e quais os sintomas

A Síndrome do Impostor é definida como uma sensação constante de insegurança, que tem fundamento em atributos não condizentes com a realidade. Pessoas que sofrem com esse distúrbio comumente relatam crenças internas de serem uma fraude e percepções de que as conquistas não são resultado das habilidades e talento próprios, mas de “acaso” ou “sorte”. Como se nunca fossem boas o suficiente e que alguma hora as pessoas ao redor vão notar isso.

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A Organização Mundial da Saúde (OMS) não classifica esse distúrbio como transtorno mental, mas a síndrome já atinge cerca de 70% das pessoas bem-sucedidas e tem um perfil comum: grupos socialmente vulneráveis, como pessoas não brancas e a comunidade LGBTQIAP+, que estão em constante exposição identitária em razão dos preconceitos velados que têm de superar continuamente. Exemplo disso é que figuras como Serena Williams e Michelle Obama já citaram que foram afetadas pelo problema ao longo de suas trajetórias.

O medo de que “a máscara caia” é o principal sintoma. Isto é, há uma sensação de que aquelas conquistas não são vistas como provenientes do esforço individual e, por isso, a própria pessoa será desmascarada e será “revelado” que ela é uma fraude. O medo de ser descoberta é constante, por isso, situações de possíveis descobertas, desde simples, como conversas, até complexas, como avaliações e provas, são evitadas. É uma autoavaliação muito rígida que passa a ditar as escolhas.

Tratamento

Apesar de ser mais comum encontrar pessoas lidando com isso sozinhas, buscar ajuda profissional é o primeiro e mais importante passo para tratar do distúrbio. A terapia auxilia no processo de compreensão da origem de inseguranças e ajuda a identificar pensamentos mentirosos que ressoam na mente como verdades.

Além disso, o psicólogo também ajudará a desenvolver autoconhecimento e autoconfiança. É importante salientar que esses pensamentos podem ser isolados ou decorrentes de outros transtornos, como algum quadro de ansiedade ou de depressão, e também por isso é importante buscar apoio profissional.