O Ministério da Saúde divulgou, nesta quinta-feira (21), os resultados finais da Operação Gota de 2023, ação voltada para a vacinação da população indígena em seis Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs), que se encerrou no final de novembro.
Segundo a pasta, o número de doses aplicadas neste ano mais que dobrou em relação a 2022 em cinco dos seis DSEIs atendidos. Foram 42.467 doses aplicadas em 2023, contra 20.931 em 2022.
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Ao todo, foram 46.666 doses aplicadas, 306 aldeias visitadas e 183 profissionais destinados para o fortalecimento da saúde dos povos originários, o que permitiu a vacinação de 18.648 indígenas nas localidades de Alto Rio Negro (AM), Médio Rio Solimões (AM), Médio Rio Purus (AM), Amapá e Norte do Pará, Vale do Javari (AM) e Alto Rio Juruá (AC), única região que não apresentou crescimento na vacinação.
São mais de 20 tipos de imunobiológicos oferecidos, incluindo vacinas contra a Covid-19, influenza e antirrábica humana. O objetivo com a Operação Gota é levar a vacinação para áreas de difícil acesso geográfico, em uma parceria entre os Ministérios da Saúde e da Defesa, e retomar as altas coberturas vacinais.
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Dados do Programa Nacional de Imunização (PNI) revelam que durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), para todas as vacinas do calendário, o índice de proteção entre a população indígena chegou a números preocupantes: 66% em 2019; 68% em 2020; 73% em 2021 e 53% em 2022.
Revertendo o negacionismo
O crescimento na vacinação da população indígena segue a tendência de retorno das altas coberturas vacinais. Nesta terça-feira (19), o Ministério da Saúde divulgou dados preliminares sobre a vacinação infantil em 2023, mostrando que pelo menos oito imunizantes tiveram aumento na cobertura, após anos de queda.
Segundo a Unicef, entre 2019 e 2021, 1,6 milhão de crianças brasileiras não receberam nenhuma dose da vacina DTP, que protege contra difteria, tétano e coqueluche, mesmo número que deixou de tomar as gotinhas contra a poliomielite.
As vacinas contra hepatite A, poliomielite, pneumocócica, meningocócica, DTP e tríplice viral 1ª dose e 2ª dose, para sarampo, caxumba e rubéola, indicadas para crianças de até um ano de idade, registraram crescimento, bem como a contra a febre amarela, indicada aos nove meses de idade.