SAÚDE

Quais os riscos do calor extremo e como se proteger

Onda de calor histórica atinge o Brasil, e especialistas alertam sobre os perigos e cuidados necessários para evitar impactos na saúde

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Uma onda de calor histórica está castigando o Brasil, e as previsões indicam que as altas temperaturas continuarão impactando o Centro-Oeste e o Sudeste do país até o próximo domingo. Com máximas entre 40°C e 45°C, a população enfrenta não apenas um desafio meteorológico, mas também sérios riscos para a saúde.

A exposição prolongada ao calor extremo pode ter consequências graves, especialmente para grupos vulneráveis como crianças, idosos e pessoas com condições de saúde fragilizadas. Uma pesquisa publicada na revista Nature no ano passado revelou que temperaturas extremas foram responsáveis por quase 6% das mortes em cidades da América Latina.

O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) destaca um aumento alarmante no número de dias com ondas de calor, passando de 7 para 52 em apenas 30 anos. Diante desse cenário, é crucial estar ciente dos sintomas do estresse térmico e adotar medidas para se proteger.

 

Desidratação: Um Inimigo Silencioso

A desidratação é uma das principais ameaças durante ondas de calor. Com temperaturas elevadas, o corpo humano busca se resfriar através do suor, mas a falta de reposição adequada de líquidos pode resultar na perda de sais minerais essenciais. Isso pode ser especialmente prejudicial para idosos e pessoas com hipertensão arterial. Sintomas incluem intestino preso, pele seca, inchaço, fome, cansaço, fadiga, pedra nos rins e dores de cabeça.

 

Insolação e Problemas de Pele

Exposição prolongada ao sol pode levar a distúrbios graves. Sintomas de insolação incluem febre alta, tontura, fraqueza, queimaduras de pele, perda de consciência, vômitos, taquicardia e dificuldade para respirar. Além disso, o calor pode contribuir para problemas de pele, como micoses, principalmente em regiões quentes e úmidas.

 

Pressão Baixa e Alta: Riscos Cardiovasculares

As temperaturas elevadas afetam a pressão arterial, dilatando as artérias e aumentando a circulação sanguínea, o que pode levar a problemas cardiovasculares. A pressão baixa pode impedir o adequado fornecimento de sangue aos órgãos, enquanto a pressão alta aumenta o risco de formação de coágulos, potencialmente resultando em eventos graves como o acidente vascular cerebral (AVC).

 

Proteção é a Palavra-Chave

Diante desses desafios, a população deve adotar medidas preventivas. A hidratação é fundamental, com especialistas recomendando a ingestão regular de água e água de coco. Evitar o consumo excessivo de álcool e alimentos ricos em sal também é aconselhável.

O uso de protetor solar com FPS acima de 50, protetor labial, boné, chapéu, óculos de sol e roupas leves são essenciais para se proteger dos raios solares. Evitar atividades físicas intensas ao ar livre durante os horários mais quentes e buscar locais ventilados são práticas recomendadas.

Diante do aumento das temperaturas, é vital que a população esteja alerta para os riscos à saúde e adote medidas para se proteger durante essa onda de calor que assola o Brasil. O cuidado é a chave para enfrentar esse desafio climático com segurança e saúde.