Com a posse do governo do presidente Lula (PT) e o consequente fim do negacionismo no Poder Executivo, o Ministério da Saúde anunciou, nesta quinta-feira (26), que vai dar início, em fevereiro, à campanha de imunização contra a Covid-19.
O objetivo é ampliar a cobertura vacinal. A nova estratégia vai oferecer vacinas bivalentes, que combatem as cepas atualizadas do coronavírus, incluindo proteção contra a variante Ômicron. Devem ser aplicadas como reforço.
A previsão do ministério é que as vacinas bivalentes sejam oferecidas à população a partir do dia 27 de fevereiro.
O calendário, sem especificar datas, foi divulgado pela pasta comandada pela ministra Nísia Trindade. Confira:
Primeira fase: pessoas a partir de 70 anos, imunocomprometidas, comunidades indígenas, ribeirinhos, quilombolas e que vivem em instituições de longa permanência;
Segunda fase: pessoas de 60 a 69 anos;
Terceira fase: gestantes e puérperas;
Quarta fase: profissionais de saúde.
A utilização emergencial de duas vacinas bivalentes da Pfizer contra a Covid-19 foi aprovada pela Agência Nacional e Vigilância Sanitária (Anvisa) em novembro de 2022.
Serão dois imunizantes atualizados que combatem os subgrupos da variante Ômicron:
Bivalente BA1: protege contra a variante original e, também, contra a variante Ômicron BA1;
Bivalente BA4/BA5: protege contra a variante original e, também, contra a variante Ômicron BA4/BA5.
Alexandre Padilha (PT), ministro das Relações Institucionais do governo, celebrou nas redes sociais:
Bolsonaro deixa vencer 370 mil doses da AstraZeneca
Enquanto o governo Lula busca ampliar a cobertura vacinal no país, Jair Bolsonaro (PL) deixa um trágico legado também neste setor.
A gestão do ex-presidente deixou vencer 370 mil doses de vacina da AstraZeneca, contra Covid-19. Além disso, teve de incinerar as centenas de milhares de imunizantes vencidos. A informação foi divulgada, nesta quinta-feira (26), por Eder Gatti, atual diretor do Departamento de Imunizações do Ministério da Saúde.
Durante reunião da Comissão Intergestores Tripartite (CIT), que reúne representantes do ministério e das secretarias municipais e estaduais da Saúde, Gatti declarou que a gestão atual encontrou, ao menos, quatro imunizantes com perigo de desabastecimento: BCG, hepatite B, poliomielite (vacina oral) e tríplice viral, de acordo com o Estadão. O diretor informou, ainda, que o ministério vem tentando negociar com os fornecedores para regularizar as entregas.