SAÚDE PÚBLICA

Enfermeiros protestam em diversas cidades contra decisão de Barroso que suspende piso da categoria

Votação sobre piso nacional da enfermagem tem previsão para conclusão na próxima semana; trabalhadores querem ser incluídos no orçamento

Manifestação de enfermeiros e trabalhadores da saúde em Recife (PE) pelo piso nacional da categoria. 9 de setembro de 2022.Créditos: Reprodução / Twitter@URSULABATISTA
Escrito en SAÚDE el

Foram registrados protestos de enfermeiros em diversas cidades do Brasil nesta sexta-feira (9) contra decisão do ministro Luís Roberto Barroso, do Superior Tribunal Federal (STF) de suspender o piso salarial nacional da categoria. Houve protestos na Esplanada dos Ministérios em Brasília, além de capitais como Recife e Curitiba.

Na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, os manifestantes pediam para serem incluídos no orçamento e questionaram as prioridades do magistrado: “Enfermagem na rua, Barroso a culpa é sua”, foi frase comum em discursos e cartazes. O ato reuniu cerca de 400 pessoas na Praça dos Três Poderes. No Recife e em Curitiba centenas de manifestantes também protestaram contra a suspensão de Barroso.

O questão do piso da enfermagem começou a votada nesta sexta-feira no Supremo e tem previsão de durar até a próxima sexta (16). Único a votar até o momento, o ministro Barroso, que é relator das discussões sobre o tema, confirmou sua decisão provisória e votou pela suspensão da lei que cria o piso nacional da categoria. Para o ministro, o novo piso poderia causar problemas de orçamento em estados e municípios onde a maioria dos enfermeiros são empregados pelo sistema público além de gerar demissões em massa e fechamento de leitos.

A justificativa de Barroso está de acordo com ação movida pela Confederação Nacional de Saúde, Hospitais e Estabelecimentos de Serviços (CNSaúde) que pedia a contestação da nova normativa. De acordo com a norma aprovada pelo Congresso, o piso da categoria ficaria em R$4750 para os setores público e privado. Isso representaria, segundo estudo do Dieese, um aumento de R$4,4 bilhões ao orçamento dos municípios e de R$1,3 bilhão para estados. Para a União, o aumento seria de R$ 53 milhões.

*Com informações da Band, do G1 e do Metrópoles.