MORADIA DIGNA

Intervenções habitacionais melhoram saúde da população de baixa renda, diz pesquisa

Projeto de melhoria habitacional atendeu 185 famílias pertencentes à classe social D, com renda de 0 a 2 salários mínimos, em vários estados

O projeto atendeu 185 famílias.Créditos: Bianca Moreira/Habitat Brasil
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Uma pesquisa divulgada pela Habitat para a Humanidade Brasil, organização da sociedade civil, mediu os impactos positivos, principalmente na saúde dos beneficiários, do programa de intervenção em habitações de famílias de baixa renda.

As ações foram realizadas em 2021, a partir de reformas e construções de moradias, com o objetivo de oferecer ambientes mais dignos, saudáveis e seguros.

O projeto atendeu 185 famílias pertencentes à classe social D, com renda de 0 a 2 salários mínimos, segundo a classificação do IBGE.

Os estados contemplados foram São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Goiás, Pernambuco, Sergipe, Ceará, além do Distrito Federal.

Entre as moradias que passaram por mudanças, 80% eram chefiadas por mulheres, sendo 43% mães solo, e mais de 70% do total se consideravam de cor parda ou preta.

De acordo com a pesquisa, a saúde dos moradores sofreu um impacto positivo significativo. Mais de 50% das famílias atendidas revelaram ter um ou mais integrantes com problemas respiratórios, como rinite, sinusite, asma, bronquite, entre outros.

Após a realização das benfeitorias, 89% declararam melhora nos sintomas das doenças. Além disso, 88% dos núcleos familiares entrevistados confirmaram a importância das intervenções para a prevenção da Covid-19.

Mudanças também contribuíram para autoestima das famílias, aponta levantamento

A maneira como os integrantes das famílias passaram a observar sua própria identidade também foi avaliada na pesquisa. O resultado é que 98% dos pesquisados afirmaram que as mudanças contribuíram para a melhora da autoestima.

A amostra apresenta números coletados por meio da aplicação de questionários com perguntas relacionadas ao tipo de melhoria recebida no imóvel, levando em consideração as mudanças em vários aspectos.

São eles: salubridade do ambiente, autoestima, saúde e bem-estar dos integrantes da família, limpeza da casa e hábitos de higiene, economia na conta de energia elétrica, economia de tempo, acesso à água, funcionalidade da casa e acessibilidade e segurança.