Como identificar um psicopata? De acordo com vários especialistas, a doença está entre alguns dos distúrbios mentais mais difíceis de serem diagnosticados. Mas há ao menos cinco indícios bem claros do problema que são comuns tanto aos sociopatas quanto aos psicopatas, de acordo com a quinta edição do Manual de Diagnóstico e Estatística de Distúrbios Mentais (DSM-5), divulgada pela Associação Americana de Psiquiatria em 2013:
Um desrespeito pelas leis e costumes sociais;
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Um desrespeito pelos direitos dos outros;
A falta de remorso ou culpa;
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Uma tendência para mostrar comportamento violento;
Comportamento impulsivo.
Lembra alguém?
Se você lembrou de alguém bastante popular no Brasil não está sozinho. O psiquiatra forense Guido Palomba, membro emérito e ex-presidente da Academia de Medicina de São Paulo, afirmou, há cerca de um ano, que o presidente Jair Bolsonaro (PL) possui traços de psicopatia, ou condutopatia.
De acordo com ele, o comportamento do presidente apresenta elementos suficientes para uma hipótese diagnóstica.
"São ególatras, ou seja, estão sempre pensando em si mesmos. São indivíduos que não têm remorso nunca. São tidos como pessoas toscas, capazes de ter determinados comportamentos e não percebem aquilo que estão fazendo de errado", comentou o psiquiatra em entrevista ao Jornal da Cultura.
"Diante do comportamento do senhor Jair, eu acho que há elementos suficientes para que se possa dar uma hipótese diagnóstica. Se acham os grandes poderosos, e aí vem a tirania, porque só eles que estão certos. Essas pessoas não deveriam nunca ter esse poder de mando, mas quando têm é sempre uma lástima", completou.
"Jair Messias e o 'pai dos psicopatas'"
Palomba já havia discorrido sobre o assunto no artigo "Jair Messias e o 'pai dos psicopatas'", publicado na mesma época na Folha, citando como referência o livro "Personalidades Psicopáticas" do psiquiatra alemão, Kurt Schneider.
Ele traça ainda mais paralelos entre as características do que chama de "personalidades anormais" com o comportamento de Bolsonaro. "Carentes de compaixão, toscos em regra, anestesiados de senso moral. Frente ao sofrimento alheio, à morte de milhares de pessoas, não medem palavras, como 'eu não sou coveiro', 'chega de frescura' e 'vai ficar chorando até quando?'. Não há ressonância afetiva com a dor alheia", afirmou.
Em outro trecho, o especialista alerta: "São, por todo o quadro, de periculosidade social. Nada os detêm, salvo reprimenda enérgica, judicial e legal".