O rapper Oruam e os moradores da comunidade Santo Amaro, no bairro Catete, zona sul do Rio de Janeiro, participaram, neste sábado (7), de um protesto. No dia anterior, durante ação do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), unidade da Polícia Militar (PM), cinco moradores foram baleados e um acabou morto.
“Ontem, o estado interviu numa festa aqui no Santo Amaro. Ele baleou cinco moradores e matou um inocente. Até quando vão ficar acabando com meu povo e não acontecer nada? Quer acabar com o favelado? Por que não taca uma bomba aqui pra ver se resolve. A gente só quer justiça”, disse Oruam, que postou um vídeo nas redes sociais.
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Além de Herus Guimarães Mendes, assassinado, outras cinco pessoas ficaram feridas. Ele chegou a ser socorrido, mas deu entrada no Hospital Glória D'Or em estado gravíssimo e não resistiu.
“Operação emergencial”?
A Polícia Militar afirmou que os agentes realizaram uma “operação emergencial” para constatar se havia a presença de criminosos armados reunidos na comunidade. A corporação alegou que os "suspeitos" estariam se preparando para um possível confronto com criminosos rivais.
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A PM divulgou uma nota para dizer que, “no momento da ação, os criminosos atiraram contra os policiais, porém não houve revide por parte das equipes”. Em seguida, segundo a versão policial, “em outro ponto da comunidade, os criminosos atacaram as equipes novamente”, o que teria causado o “confronto”.
O comunicado ainda apontou que “as equipes utilizavam câmeras de uso corporal e as imagens já estão sendo captadas e analisadas pela Corregedoria da Corporação”.
O comando do Bope disse que instaurou procedimento para analisar as circunstâncias da ocorrência.
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