Anielle Franco, diretora do Instituto Marielle Franco, foi ofendida por um bolsonarista nas redes sociais, neste sábado (1). Ela postou nos stories do Instagram uma foto dos seus pés caminhando sobre a areia da praia.
Sem a menor justificativa, o agressor escreveu: “Puta. Tá procurando sua irmã morta aí na praia?”, perguntou, em mais um ato gratuito de boçalidade nas redes.
A mensagem foi enviada para a irmã da Marielle Franco acompanhada de emojis de vômito, fezes e risadas, como se o que ele fez tivesse alguma graça. O agressor, como não poderia ser diferente, escreveu ainda: “Bolsonaro 2022”.
Anielle, educadora, jornalista e escritora, não se intimidou e respondeu: “O cidadão de bem querendo me tirar da graça no primeiro dia do ano! Aqui não quiridooooo… hj não!!!!”, escreveu Anielle, ao compartilhar o ataque.
Anielle convive com ataques e tentativas de intimidação desde a morte da irmã
Anielle Franco convive com ataques, ofensas e tentativas de intimidação de bolsonaristas desde que sua irmã foi assassinada em 2018. Em fevereiro de 2021, por exemplo, ela rechaçou ameaças que recebeu de apoiadores do deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ), após a prisão do parlamentar.
“São pessoas que não entendem que ideologia política não tem que ser maior do que valores humanos. Então, o Instituto Marielle Franco e a família tomarão medidas judiciais cabíveis. A gente repudia qualquer tipo de violência, qualquer discurso de ódio, principalmente ataques a instituições democráticas, que esses grupos políticos extremistas vêm promovendo no país. Não ficaremos em silêncio”, destacou Anielle.
“É inadmissível que, em pleno 2021, a gente tenha que debater a possibilidade de cada pessoa pensar como quiser e que se tenha respeito. Por trás da Marielle, existe uma família que sofre muito com isso e o Instituto Marielle Franco está aí para manter esse legado”, ressaltou.
“Eu, enquanto diretora, não vou tolerar e não vou me calar diante de nenhuma ameaça, seja ela para destilar ódio, falar mal da minha irmã, nos chamar de ‘macacas’ ou dizer que nós somos ‘feministas de merda’, como aconteceu”, relatou Anielle, à época.