Desde que fez um giro pela Europa e foi prestigiado por lideranças políticas do continente em novembro de 2021, o ex-presidente Lula (PT), que já lidera com folga as pesquisas de intenção de voto para a presidência, vem liderando também o Índice de Popularidade Digital (IPD) entre todos os postulantes ao Palácio do Planalto.
O levantamento, feito pela consultoria Quaest e divulgado nesta terça-feira (11), mostra que Lula terminou o ano de 2021 com mais popularidade nas redes que o presidente Jair Bolsonaro (PL) e manteve índice à frente do chefe do Executivo nos primeiros dias de janeiro.
O último pico de popularidade digital de Lula, segundo o levantamento, foi registrado no dia 19 de dezembro, com 72,69 pontos. Nesta data, o petista participou de um jantar em São Paulo com a presença do ex-tucano Geraldo Alckmin (sem partido), cotado para ser vice em sua chapa na corrida pela presidência.
No último dia do ano, 31 de janeiro, o ex-presidente atingia índice de 61,38 - bem à frente de Bolsonaro, que terminou o ano com índice de 44,37 em popularidade digital. Na última medição, desta segunda-feira (10), Lula marcou 60,32 pontos, contra 52 do atual presidente.
O Índice de Popularidade Digital é feito a partir da coleta de dados em redes sociais e buscadores como Twitter, Instagram, Facebook e Google Search e leva em consideração número de seguidores, capacidade de promover engajamento e proporção de reações positivas e negativas às mensagens postadas.
Bolsonaro liderou o ranking durante a maior parte de 2021 e Lula o ultrapassou em alguns momentos. Desde novembro, quando fez seu giro pela Europa, no entanto, que o petista segue consolidado na liderança.
Os demais postulantes ao Palácio do Planalto estão consideravelmente distantes de Lula e Bolsonaro em popularidade nas redes. Para se ter uma ideia, o terceiro colocado, Ciro Gomes (PDT), registrava índice de 24,6% em 10 de janeiro - menos da metade dos índices dos dois líderes.
Bolsonaro alavanca popularidade com internações hospitalares
Um dado que chama a atenção no levantamento da Quaest é que Bolsonaro conseguiu recuperar boa parte de sua popularidade nas redes sociais quando foi internado para tratar de uma obstrução intestinal em São Paulo nos primeiros dias do ano.
No dia 1º de janeiro, quando estava de férias, o IPD do presidente, que vinha em queda, era de 44,37. Já no dia 3, quando deu entrada no hospital, esse índice saltou para 51,2.
O mesmo aconteceu em julho de 2021, quando Bolsonaro foi internado para tratar também de uma obstrução intestinal. Na ocasião, seu IPD subiu 25 pontos.
*Com informações da Folha de S. Paulo