John Matze, que era presidente da rede social de ultradireita Parler, foi demitido pelo conselho da empresa. A informação foi confirmada pelo próprio executivo à Reuters nesta quarta-feira (3).
Segundo a Reuters, Matze teria escrito um comunicado à equipe da empresa. Nele, relatou: “Em 29 de janeiro de 2021, o conselho de Parler controlado por Rebekah Mercer decidiu encerrar imediatamente minha posição como CEO da Parler. Eu não participei dessa decisão”. O texto continua, com o executivo expondo razões pelas quais acredita ter sido demitido. “Nos últimos meses, encontrei uma resistência constante à minha visão de produto, minha forte crença na liberdade de expressão e minha visão de como o site Parler deve ser gerenciado.”
Depois da invasão do Capitólio nos EUA, no dia 6 de janeiro, por apoiadores do ex-presidente Donald Trump e da exclusão de sua conta no Twitter, a plataforma vinha ganhando adesão dos trumpistas. No entanto, ela foi tirada do ar na manhã do dia 11 de janeiro. E isso depois de ter seu aplicativo excluído pelo Google Play e pela Apple Store. Isso porque a Amazon alertou que a empresa perderia o acesso a seus servidores por não policiar adequadamente conteúdo violento.
O serviço foi fundado em 2018 e afirma ter mais de 12 milhões de usuários. A rede social se autodenomina como espaço “voltado para a liberdade de expressão”. O presidente Jair Bolsonaro e seus filhos têm contas no Parler.
No Twitter, o perfil @johnmatzeparler, provavelmente do executivo, escreveu nesta quarta-feira: “Como era mesmo aquilo sobre limões e fazer limonadas? Sim, é isso mesmo! Espere surpresas!”, em tradução livre.
Um dos seguidores respondeu dizendo que o acompanham disseram que se juntarão à plataforma que ele criar e que deixaram de seguir Parler depois do que a empresa fez com ele. Outros agradeceram a John.
Leia a reportagem completa da Reuters aqui.