Defensores ferrenhos de Jair Bolsonaro nas redes sociais, o comentaria Rodrigo Constantino e o influenciador Leandro Ruschel mostraram que preferem o deus mercado ao mito ao criticarem a intervenção do presidente no comando da Petrobras, trocando Roberto Castello Branco pelo general da reserva Joaquim Silva e Luna.
"Daqui a pouco vai ter "aliado" bolsonarista colocando caraminhola na cabeça do presidente e falando que se livrar do Paulo Guedes não seria de todo ruim, pois o nacional-desenvolvimentismo garantiria sua reeleição e dane-se o mercado e coisa e tal… estão brincando com fogo!", tuitou Rodrigo Constantino.
O comentarista ainda compartilhou uma publicação de Ruschel, que cita que "fontes do governo" teriam lhe afirmado que "veremos nos próximos dias declarações e atos que busquem tranquilizar o mercado".
"Vão ter que rebolar muito para acalmar os ânimos e provar que não se tratou de qualquer guinada desenvolvimentista. Palavras não bastam mais", rebateu Constantino.
Constantino ainda partiu para cima da deputada Carla Zambelli, que afirmou que "a lacrolândia e a extrema imprensa tentam prejudicar o país com suas críticas acerca da troca na presidência da Petrobras".
"Deputada, a queda drástica nas ações não é obra de lacrolândia ou da extrema imprensa, e sim o resultado de milhares de investidores tensos com uma sinalização preocupante e legítima. Espero que o tempo mostre mesmo que erraram", tuitou.
Bolsonarismo tosco
Constantino ainda se doeu com as críticas do bolsonarismo que ele classificou como "tosco" e que age sob "cegueira".
"Disclaimer: não tenho uma única ação da Petrobras. Esse lado do bolsonarismo é mesmo tosco. Vc faz análise independente, críticas construtivas, e a turma te acusa de vendido ou com interesse na bolsa, e fala que vai parar de te seguir. É um fanatismo digno do PT mesmo! Cegueira", escreveu.
Também criticado por bolsonaristas, Leandro Ruschel diz que "não morde, nem assopra" e disse que a intervenção na Petrobras é "o pior erro do governo até aqui, colocando em risco a recuperação econômica e a própria reeleição".