Parece que o Twitter está mesmo disposto a brecar em sua plataforma manifestações de negacionismo científico e de fake news. Mais um representante do bolsonarismo foi suspenso pela rede social. Agora foi a vez do comentarista Rodrigo Constantino.
A suspensão valia por 11 horas e 5 minutos, porque Constantino defendeu o chamado “tratamento precoce”. De acordo com o bolsonarista, ele postou “um estudo que mostrava a APARENTE eficácia do tratamento precoce”.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) chegou a desmentir a eficiência do método no combate à Covid-19.
“Até o momento, não contamos com alternativa terapêutica aprovada e disponível para prevenir ou tratar a doença causada pelo novo coronavírus”, declarou Meiruze Freitas, diretoria da agência.
Constantino reclamou da decisão, que chamou de censura: “Estou de volta do castigo imposto pelos inquisidores do Twitter. O motivo do gancho? Publiquei um estudo que mostrava a APARENTE eficácia do tratamento precoce. Não pode! Peço perdão pela ousadia aos meus censores. Não vai se repetir. Passei pelo campo de reeducação. Iluminei-me!”, postou.
“Em tempo: era um estudo publicado numa respeitada revista de ciência. Mas o que são esses cientistas perto dos iluminados sábios que ocupam a equipe de Inquisição do Twitter? A ciência que vale é só aquela permitida pela rede social. Caso contrário, banimento!”, tuitou o bolsonarista.
Outros suspensos
O comentarista não foi o primeiro a ser punido por defender o negacionismo ou espalhar fake news. A plataforma já suspendeu Donald Trump, Jair Bolsonaro, Ministério da Saúde e, mais recentemente, Olavo de Carvalho, o “guru” bolsonarista.