Augusto Heleno ataca Janio de Freitas: “Mentiroso é você”

General se irritou ao ser chamado de “velho mentiroso” pelo jornalista, por ter negado que a Abin produziu relatórios a favor de Flávio Bolsonaro

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Irritado por ter sido chamado de “velho mentiroso” pelo jornalista Janio de Freitas na Folha de São Paulo neste domingo (13), o general Augusto Heleno, ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), foi ao ataque.

Em seu Twitter, o general escreveu: “Mentiroso é vc que, por um distúrbio mental, me atribui fatos que nunca aconteceram”.

Freitas escreveu em sua coluna que Heleno tinha negado a revelação da revista Época, segundo a qual a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) produziu dois relatórios para “defender Flávio Bolsonaro no caso Alerj”. O detalhe é que os próprios advogados de Flávio confirmaram a veracidade dos documentos à revista Época e o filho de Jair Bolsonaro não negou quaisquer informações publicadas.

“O general Augusto Heleno Pereira negou a revelação da revista Época. É um velho mentiroso”, escreveu Freitas. E lembra que a informação negada pelo ministro do GSI foi confirmada por outras fontes. “Com Bolsonaro, além de desviar a Abin em comum com Alexandre Ramagem, que a dirige, Augusto Heleno já esteve em reuniões com os advogados de Flávio, que é agora quem o desmente”.

Falando para sua claque nas redes sociais, Heleno disse que já tinha provado a “desonestidade intelectual” de Freitas, sem explicar do que se tratava. Mas o episódio já estava explicitado na coluna do jornalista, que disse que, nos anos 1990, tinha recebido carta do general negando sua suspeita ligação com Nicolau dos Santos Neto, o juiz da alta corrução no TRT paulista. “Tive provas documentais para desmenti-lo”, escreveu Freitas.

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A carreira de Janio de Freitas

Heleno escreveu ainda que Freitas é “medíocre, insosso e inexpressivo profissionalmente”.

No jornalismo desde os anos 1950, Janio de Freitas em 1955 fez parte da equipe de jornalistas que renovou a Manchete, onde foi repórter, fotógrafo, diagramador e redator-chefe. Em 1959, liderou a reforma do Jornal do Brasil. Em 1963 foi para o Correio da Manhã. Em 1967, assumiu a direção-geral da Última Hora do Rio de Janeiro. Ingressou na Folha de São Paulo em 1980. Foi autor de uma das reportagens mais importantes da história da imprensa brasileira: a descoberta de que a licitação da ferrovia Norte-Sul, em 1987, estava fraudada e já tinha vencedor mesmo antes de acontecer. A reportagem lhe rendeu o Prêmio Esso de Jornalismo, maior láurea do setor no país.

Veja o tuíte de Heleno.

https://twitter.com/gen_heleno/status/1338147066481156098