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Reportagem da Folha de S. Paulo em parceria com o The Intercept Brasil, em mais um capítulo da série Vaza Jato, revela que o ex-chanceler Aloysio Nunes é apontado pela OAS como o coordenador de propinas do PSDB junto à empreiteira. Uma proposta de delação de Léo Pinheiro, ex-presidente da incorporadora que foi solto recentemente, foi compartilhada em um grupo de Telegram de procuradores da Lava Jato e o material foi obtido pela fonte anônima do The Intercept Brasil.
A delação, depois, foi homologada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin.
De acordo com o depoimento de Léo Pinheiro, Aloysio Nunes, por inúmeras ocasiões, solicitou e organizou o pagamento de propina da empreiteira e os valores teriam sido usados campanhas suas e nas de José Serra para a prefeitura e para o governo de São Paulo. O esquema era feito através de obras da OAS na cidade e no estado.
"A delação aponta que parte do dinheiro era entregue em espécie a indicados pelo ex-senador, que chefiou pastas das gestões Serra tanto na prefeitura (Secretaria de Governo) quanto na administração estadual (Casa Civil). Os relatos da OAS que implicam Aloysio começam em 2005, logo após Serra ser empossado prefeito de São Paulo", diz a reportagem.
Segundo Léo Pinheiro, Aloysio Nunes se reunia pessoalmente com executivos da OAS para organizar o esquema de propinas, que teria sido feito com obras como a ponte estaiada, o túnel da Radial Leste, obras da avenida Roberto Marinho e construção da Linha 4 do Metrô.
Aloysio, que além de trabalhar nas gestões tucanas em São Paulo foi senador e ministro das Relações Exteriores do governo Temer, nega as acusações e diz que todas as doações que pediu para a OAS eram legais.
Confira a íntegra da reportagem na Folha de S. Paulo.