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Depois de passar pela CCJ (Comissão de Consituição e Justiça) do Senado, o jornalista estadunidense Glenn Greenwald, editor do site The Intercept Brasil, participou do debate com o tema "Poderes, segredos e democracia", na UnB (Universidade de Brasília), na tarde desta quinta-feira (11). O evento foi parte da programação do 57º Congresso da UNE (União Nacional dos Estudantes).
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Além de ser homenageado pelos organizadores, Greenwald deixou algumas declarações que entusiasmaram o público presente. Em uma delas, o convidado disse que "esse acervo que nós temos (da Vaza Jato) é muito poderoso. E o poder dos documentos, fotos e vídeos, e dos áudios que nós temos dá medo nas pessoas que têm mais poder. Esse acervo tem a capacidade de mostrar a verdade. Só isso. E isso está assustando a eles mais do que tudo".
Em outro momento, Greenwald falou sobre as ameaças que vem sofrendo desde o início da série de reportagens: "Quanto mais eles nos atacam, mais eles mostram o quanto esse tipo de jornalismo é importante". Ele também se referiu às mesmas ameaças sofridas pelo seu marido, o também jornalista e deputado federal David Miranda (PSOL-RJ). "Eu quero falar uma coisa: meu marido, David Miranda, cresceu como órfão em Jacarezinho, como um garoto negro, obviamente com pobreza extrema, e como um menino LGBT. Ele não tem medo de nada, ele não tem medo de ninguém!".
Antes de terminar sua participação, o jornalista estadunidense deixou uma reflexão aos espectadores."Qual tipo de país o Brasil vai ser no futuro? Vai ser uma democracia com uma Constituição, com um Judiciário que funcione junto com instituições que protegem os direitos constitucionais, como os do artigo 5º e todos os outros direitos? Ou vai escolher um outro caminho, um caminho autoritário e fascista e repressivo?".
Além de Greenwald, outras figuras importantes presentes no debate foram a presidente da UNE, Marianna Dias, a presidenta da UJS (União da Juventude Socialista), Carina Vitral, o presidente da UBES (União Brasileira de Estudantes Secundaristas), Pedro Gorki, e as deputadas federais Natália Bonavides (PT-RN) e Sâmia Bomfim (PSOL-SP).