Respostas "evasivas" são indícios de que Coaf está investigando Glenn Greenwald, dizem juristas

O grupo reúne cerca de 40 advogados que se colocaram à disposição de jornalistas que estão trabalhando na série de reportagens da Vaza Jato. Juntos, eles pretendem criar um Comitê pela Liberdade de Imprensa para atuar em casos de perseguição pelo governo

Glenn Greenwald - Foto: Reprodução/Youtube
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Um grupo de advogados se reuniu nesta segunda-feira (8) com Glenn Greenwald, fundador do site The Intercept, e manifestaram preocupação com a resposta entregue pelo Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) às perguntas feitas pelo TCU (Tribunal de Contas da União), visando esclarecer a possível investigação sobre o jornalista. Inscreva-se no nosso Canal do YouTube, ative o sininho e passe a assistir ao nosso conteúdo exclusivo Em comunicado, o Coaf disse que sua missão é difundir o relatório de inteligência financeira (RIF), sempre que houver indícios da prática de lavagem de dinheiro ou movimentos e que o órgão não está atrelado à Polícia Federal. Para os defensores, a resposta d Coaf foi genérica, sem fazer nenhum comentário sobre a questão específica de Greenwald e, portanto, não há uma negativa clara sobre uma possível investigação a ele. O advogado tributarista Marco Aurélio de Carvalho foi um dos advogados presentes na reunião, e afirmou que “as perguntas (do TCU) foram objetivas e as respostas foram evasivas, o que pode ser um indício forte de que a investigação de fato esteja ocorrendo, fora das funções originais do Coaf”. O grupo reúne cerca de 40 advogados que se colocaram à disposição dele e de outros jornalistas que estão trabalhando na série de reportagens da Vaza Jato. Juntos, eles pretendem criar um Comitê pela Liberdade de Imprensa, para aturar em casos de jornalistas cujos trabalhos possam ser alvo de perseguição por parte de governos estaduais ou do governo federal.