Pivô de vazamentos anteriores, Laura Tessler criticou Bolsonaro e era contra ida de Moro ao Ministério

Nas conversas do grupo de Telegram dos procuradores, Tessler se refere ao candidato como “Bozo” (como ele costuma ser chamado por muitos dos seus críticos), e diz que seria péssimo se o então juiz Sérgio Moro aceitasse o cargo de ministro da Justiça do novo governo.

A procuradora Laura Tessler (Reprodução)
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Uma curiosidade surgiu em meio às novas revelações do The Intercept Brasil, neste sábado (29). Não foram o tema central da última reportagem, mas chamaram a atenção algumas declarações da procuradora federal Laura Tessler, personagem principal de furos anteriores da Vaza Jato, e que agora é mostrada criticando o atual presidente e então candidato Jair Bolsonaro, e também se mostrando contrária à possibilidade do então juiz Sérgio Moro ser seu ministro. Inscreva-se no nosso Canal do YouTube, ative o sininho e passe a assistir ao nosso conteúdo exclusivo Nas conversas do grupo de Telegram dos procuradores, Tessler se refere ao candidato como “Bozo” (como ele costuma ser chamado por muitos dos seus críticos), e diz que seria péssimo se o então juiz Sérgio Moro aceitasse o cargo de ministro da Justiça do novo governo. “O Bozo é muito mal visto… se juntar a ele vai queimar o Moro”, considerou a procuradora, que logo completou: “queimando o Moro, queima a LJ”, obviamente em alusão à Operação Lava Jato. Tessler justificou seu argumento dizendo que “ele não vai ter poder para fazer mudanças positivas (...) já tem gente falando que isso mostraria a parcialidade dele ao julgar o PT, e o discurso vai pegar”. Vale lembrar que Laura Tessler foi a procuradora que Moro pediu a Deltan Dallagnol que fosse retirada da equipe que participaria da oitiva ao ex-presidente Lula, pois o então juiz tinha questionamentos ao seu desempenho. A revelação foi feita pelo jornalista Reinaldo Azevedo, em seu programa na Rádio Bandeirantes, e em colaboração com o The Intercept Brasil.