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Uma curiosidade surgiu em meio às novas revelações do The Intercept Brasil, neste sábado (29). Não foram o tema central da última reportagem, mas chamaram a atenção algumas declarações da procuradora federal Laura Tessler, personagem principal de furos anteriores da Vaza Jato, e que agora é mostrada criticando o atual presidente e então candidato Jair Bolsonaro, e também se mostrando contrária à possibilidade do então juiz Sérgio Moro ser seu ministro.
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Nas conversas do grupo de Telegram dos procuradores, Tessler se refere ao candidato como “Bozo” (como ele costuma ser chamado por muitos dos seus críticos), e diz que seria péssimo se o então juiz Sérgio Moro aceitasse o cargo de ministro da Justiça do novo governo.
“O Bozo é muito mal visto… se juntar a ele vai queimar o Moro”, considerou a procuradora, que logo completou: “queimando o Moro, queima a LJ”, obviamente em alusão à Operação Lava Jato.
Tessler justificou seu argumento dizendo que “ele não vai ter poder para fazer mudanças positivas (...) já tem gente falando que isso mostraria a parcialidade dele ao julgar o PT, e o discurso vai pegar”.
Vale lembrar que Laura Tessler foi a procuradora que Moro pediu a Deltan Dallagnol que fosse retirada da equipe que participaria da oitiva ao ex-presidente Lula, pois o então juiz tinha questionamentos ao seu desempenho. A revelação foi feita pelo jornalista Reinaldo Azevedo, em seu programa na Rádio Bandeirantes, e em colaboração com o The Intercept Brasil.