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Os advogados do presidente Lula entraram com ação nesta quinta-feira (24) junto ao Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) pedindo que a corte suspenda o julgamento que pode anular a sentença do sítio de Atibaia.
Em nota divulgada nesta quinta-feira (24), o advogado Cristiano Zanin Martins classificou como manobra o pedido de anulação de parte do processo do sítio de Atibaia em que Lula foi condenado pelo procurador Maurício Gerum, da Lava Jato.
“A manifestação apresentada no final do dia de hoje (23/10) pelo MPF pedindo a nulidade do processo a partir das alegações finais, na linha do que havia sido sugerido em despacho proferido no início da manhã pelo Relator do recurso, busca atenuar as consequências jurídicas decorrentes das grosseiras violações perpetradas contra Lula também nessa ação”, diz Zanin.
No pedido feito ao TRF-4, Zanin Martins alega, entre outros motivos, "quebra da ordem cronológica" das decisões da turma julgadora.
Zanin também questiona o motivo de a pauta incluir apenas um dos capítulos do seu recurso, em vez de outros tópicos, como a nulidade completa do processo do sítio.
Na nota, o advogado de Lula diz que é clara a tentativa da Lava Jato de mais uma vez manipular a verdade nos processos envolvendo o ex-presidente Lula.
“Nas razões de apelação que apresentamos em 04/06/2019 ao Tribunal Regional Federal da 4ª. Região pedimos a declaração da nulidade total do processo relativo ao “Sítio de Atibaia”, assim como os demais processos que foram conduzidos pelo ex-juiz Sergio Moro – diante da sua clara parcialidade, além de outros graves vícios devidamente comprovados”, alega o advogado.
No parecer apresentado nesta quarta-feira (23), Gerum requer que seja declarada a nulidade da fase probatória do processo do Sítio de Atibaia, tendo como base o que foi determinado recentemente pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A Corte anulou outra condenação da Lava Jato e definiu que delatores façam seus depoimentos antes de delatados em ações penais.
Zanin ainda reitera que a decisão judicial da juíza Gabriela Hardt, que substituiu Sergio Moro, relativa ao caso do Sítio de Atibaia “parte do “aproveitamento” de decisão anterior do atual Ministro de Estado (relativa ao caso do “Triplex”)”.