Presidente do TRF-4 ataca Lula: “Desfruta de condição especialíssima, uma regalia”

Além disso, Victor dos Santos Laus declarou que o ex-presidente não é bem-vindo em Curitiba

Lula e Jorge Chastalo, ao fundo (Foto: Ricardo Stuckert)Créditos: Arquivo/ Fórum
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Victor dos Santos Laus, presidente do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), atacou Lula. Em entrevista à rádio Gaúcha, o magistrado declarou que o ex-presidente “desfruta de condição especialíssima”, ao ficar preso em uma cela da Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba. Laus comentou a decisão de Lula de não aceitar deixar a prisão para o regime semiaberto, pois quer sair com sua inocência provada. “Faz parte desse contexto de não assimilar o resultado do julgamento. O ex-presidente desfruta de uma condição especialíssima. Ele não está preso num estabelecimento que é destinado a todos os presos, ele está na dependência da Polícia Federal, uma situação absolutamente especial. Até em função da condição dele, e porque ele responde a outros processos, se entendeu adequado que ele permanecesse. Pode-se dizer que é uma regalia”, disse. O presidente do TRF-4 afirmou, ainda, que já recebeu manifestações da comunidade que vive no entorno da PF em Curitiba, “pedindo várias vezes que o ex-presidente saia” da capital do Paraná.

“Ele sabe que não é bem-vindo onde ele está. O fato de ele recusar um benefício, é uma situação extraordinária. Uma vez implementado o tempo necessário à progressão, ele progride de regime, e pode ser requerido pelo MP, porque o sistema tem a necessidade de oferecer a vaga a outra pessoa”, acrescentou.

Manual Em outro trecho, Laus seguiu seu ataque: “O ex-presidente se considerar injustiçado, faz parte do manual de quem conhece a justiça criminal. Ele tem todo o direito de não aceitar o julgamento, mas seria importante que, como ex-presidente, ele internalizasse o fato, elaborasse o fato, porque sua responsabilidade foi reconhecida com base em provas. Ele não vai mudar a realidade dos fatos”. Quando integrava a 8ª Turma, o hoje presidente do TRF-4 seguiu o relator João Pedro Gebran Neto, condenando o ex-presidente por corrupção passiva e lavagem de dinheiro na segunda instância.