Bolsonaro diz que LGBTQIAP+ poderão sofrer "punição divina quando deixarem esta terra"

Em entrevista à rádio bolsonarista Viva FM, ele afirmou, ainda, que o PT quer implementar a “ideologia de gênero” no país e que o partido já tentou atacar “o coração dos cristãos”

Bolsonaro em entrevista | Foto: Alan Santos/PR
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Em mais uma de suas declarações homofóbicas, o presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou, nesta segunda-feira (17), que as pessoas LGBTQIAP+ poderão ser alvo de algum tipo de punição divina "quando deixarem esta terra”.

Em entrevista à rádio bolsonarista Viva FM, ele afirmou, ainda, que o PT quer implementar a “ideologia de gênero” no país e que o partido já tentou atacar “o coração dos cristãos” em outras ocasiões.

“Ninguém é contra duas pessoas conviverem no seu canto e serem felizes. Cada um fez o que bem entender da sua vida. E quem acredita, né… Vai ver depois como se entende quando deixar essa terra. A gente não entra nessa Seara”, disse Bolsonaro. 

"Ministro terrivelmente evangélico decidirá pautas sobre ideologia de gênero”, celebra Bolsonaro

Ainda sobre o assunto, o presidente comemorou a indicação de um “ministro terrivelmente evangélico e, se valendo de uma expressão cristã – deus escreve certo por linhas tortas -, celebrou que será Mendonça quem decidirá as pautas relacionadas à “ideologia de gênero“.

“Durante a campanha, assumi o compromisso perante os evangélicos de indicar um ministro para o Supremo Tribunal Federal, e nós conseguimos, ao indicá-lo, ser aprovado no Senado. Não foi fácil, quatro meses de espera, um sacrifício enorme, mas aprovamos e hoje temos um ministro evangélico no STF”, disse Bolsonaro.

“Como deus escreve certo as coisas por linhas tortas, as pautas que tem a ver com ideologia de gênero, sabe quem vai decidir, por sorteio? É o André Mendonça, nosso ministro ‘terrivelmente evangélico’. Traz uma paz para nós todos cristãos e brasileiros que defendemos a família acima de tudo aqui na Terra”, continuou o presidente.

Apesar da afirmação de Bolsonaro, não tem como ter certeza de que os casos sobre gênero cairão nas mãos de Mendonça. Isso porque a distribuição de processos no STF ou em qualquer tribunal é feita por sorteio, através de um sistema automatizado, público e acessível, que distribui as peças de maneira automática e aleatória.