"Pinochet era de esquerda", diz Sachsida, assessor de Paulo Guedes; vejam vídeo

Secretário de Política Econômica no Ministério da Economia, Adolfo Sachsida ainda minimiza escravidão no Brasil. "O que levou pancada pra caramba no Brasil foram alemães, italianos e japoneses"

Jair Bolsonaro, Paulo Guedes e Adolfo Sachsida (Montagem)
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O contorcionismo histórico para amparar os delírios da ultradireita e adular Jair Bolsonaro (Sem Partido) parecem não ter fim.

Em vídeo que circula nas redes sociais, Adolfo Sachsida, secretário de Política Econômica no Ministério da Economia e um dos principais assessores de Paulo Guedes, distorce totalmente a História para defender a tese que "da parte política" o general Augusto Pinochet, que conduziu uma sangrenta ditadura nos anos 70 no Chile, "era de esquerda".

"Por um lado, ele colocava o Estado acima do indivíduo. Então desse jeito, ele é um esquerdista, porque ele coloca o Estado acima do indivíduo, da liberdade individual. Mas, por outro lado, Pinochet cria um sistema de preços via mercado, ele queria a propriedade privada. Então, na parte econômica, Pinochet era de direita. Na parte política, era de esquerda", diz, em uma explicação totalmente sem sentido.

A Ditadura Pinochet foi apoiada pelos EUA justamente para dar guarida à implantação das políticas neoliberais. O país serviu como um laboratório dos chamados "Chicago boys", no qual se incluia Paulo Guedes, na América Latina.

Racismo

No mesmo vídeo, que foi editado, Sachsida aparece fazendo mais uma comparação esdrúxula ao comentar a "reparação histórica" dos negros escravizados no Brasil.

"Eu entendo que se queira falar na reparação histórica, porque os negros foram escravizados no Brasil. Olha só, o último povo que foi extremamente maltratado no Brasil não foi negro. O que levou pancada pra caramba no Brasil foram alemães, italianos e japoneses", diz ele.

Assista

https://twitter.com/cajr1569/status/1443356142185467906