Ex-banqueiro de investimentos, o escritor e engenheiro Eduardo Moreira criticou a política neoliberal conduzida pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, ao comparar o manifesto de banqueiros, que está sendo produzido em conjunto com a Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp) para fazer a defesa do equilíbrio entre os poderes da República e à democracia, com a "carta ao povo brasileiro", em que o ex-presidente Lula firmou compromisso com o chamado tripé macroeconômico nas eleições de 2002.
"O neoliberalismo destruiu de tal modo o país que agora são os bancos que estão tendo de fazer uma “carta aos brasileiros” pra acalmar os mercados… A terra plana da voltas", tuitou.
O manifesto está sendo elaborado por um grupo de empresários juntamente com banqueiros no que estimam ser a maior frente empresarial já criada em defesa do equilíbrio institucional no Brasil.
A organização do documento causou a fúria no governo federal, que ameaça tirar o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban).
Em sua primeira versão, o manifesto foi chamado de “A Praça dos Três Poderes”, cuja apresentação diz que “as entidades da sociedade civil que assinam esse manifesto veem com grande preocupação a escalada de tensões e hostilidades entre as autoridades públicas”.
Atuando como bombeiro do Planalto, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) diz ter conversado com Paulo Skaf neste domingo (29) para pedir o adiamento da divulgação do manifesto para depois do 7 de Setembro, quando Jair Bolsonaro (Sem partido) pretende reunir apoiadores para o que chama de "contragolpe".
"Conversei com Skaf neste domingo e, como não tem um prazo para a divulgação do manifesto, ficou combinado que não será nesta semana. Vai aguardar as comemorações do Sete de Setembro", disse Lira ao jornal O Globo.