Edu Moreira: Banqueiros agora fazem “carta aos brasileiros” pra acalmar os mercados

Atuando como bombeiro do Planalto, Lira diz que pediu que manifesto dos bancos pela democracia seja divulgado após 7 de Setembro, quando Bolsonaro pretende reunir apoiadores para o que chama de "contragolpe"

Ministro da Economia, Paulo Guedes, faz arminha com as mãos durante evento. (Foto: Reprodução)
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Ex-banqueiro de investimentos, o escritor e engenheiro Eduardo Moreira criticou a política neoliberal conduzida pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, ao comparar o manifesto de banqueiros, que está sendo produzido em conjunto com a Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp) para fazer a defesa do equilíbrio entre os poderes da República e à democracia, com a "carta ao povo brasileiro", em que o ex-presidente Lula firmou compromisso com o chamado tripé macroeconômico nas eleições de 2002.

"O neoliberalismo destruiu de tal modo o país que agora são os bancos que estão tendo de fazer uma “carta aos brasileiros” pra acalmar os mercados… A terra plana da voltas", tuitou.

https://twitter.com/eduardomoreira/status/1432315099595878406

O manifesto está sendo elaborado por um grupo de empresários juntamente com banqueiros no que estimam ser a maior frente empresarial já criada em defesa do equilíbrio institucional no Brasil.

A organização do documento causou a fúria no governo federal, que ameaça tirar o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban).

Em sua primeira versão, o manifesto foi chamado de “A Praça dos Três Poderes”, cuja apresentação diz que “as entidades da sociedade civil que assinam esse manifesto veem com grande preocupação a escalada de tensões e hostilidades entre as autoridades públicas”.

Atuando como bombeiro do Planalto, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) diz ter conversado com Paulo Skaf neste domingo (29) para pedir o adiamento da divulgação do manifesto para depois do 7 de Setembro, quando Jair Bolsonaro (Sem partido) pretende reunir apoiadores para o que chama de "contragolpe".

"Conversei com Skaf neste domingo e, como não tem um prazo para a divulgação do manifesto, ficou combinado que não será nesta semana. Vai aguardar as comemorações do Sete de Setembro", disse Lira ao jornal O Globo.