Jair Bolsonaro deu ordem na sexta-feira (6) à Marinha para realizar o desfile militar pela Praça dos Três Poderes após o acordo com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), de levar ao plenário a votação da PEC do Voto Impresso, que havia sido rejeitada em Comissão Especial da casa no dia anterior. A informação é de Eliane Cantanhede, no jornal O Estado de S.Paulo.
Lira classificou como "trágica coincidência" o fato de o comboio de tanques e blindados acontecer nesta terça-feira (3). No entanto, na sexta o presidente da Câmara já teria começado a procurar líderes partidários para agendar a reunião nesta segunda-feira (9), com a intenção de colocar a proposta em votação no dia posterior.
Em nota na noite desta segunda-feira, a Marinha afirma que a entrega do convite a Bolsonaro para a Operação Formosa "a foi planejada antes da agenda para a votação da PEC 135/2019 no Plenário da Câmara dos Deputados, não possuindo relação com a mesma, ou qualquer outro ato em curso nos Poderes da República".
Pelas redes sociais, Bolsonaro ironizou a "trágica coincidência" e estendeu o convite para o evento aos presidentes dos poderes legislativo e judiciário, assinando como "Chefe Supremo das Forças Armadas".