Ex-segurança, amigo de longa data e espécie de "faz tudo" de Jair Bolsonaro, Waldir Ferraz afirmou que a motocada no Rio de Janeiro em apoio ao presidente foi como um "churrasco" para comemorar o que os bolsonaristas consideram um bom desempenho do general Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde, na CPI do Genocídio.
"É como se eu estivesse dando churrasco na minha casa e convidasse geral", disse Waldir à coluna de Chico Alves, no portal Uol, nesta quarta-feira (26).
Nas imagens, Waldir aparece ao lado de Bolsonaro e Pazuello no palanque em que o presidente e o ex-ministro discursaram ao final do passeio pelas ruas do Rio.
"Eu elogiei ele. Disse: 'cara, você matou a CPI no primeiro dia de depoimento. Quando falou o currículo, embolsou todos aqueles que estavam interrogando'", disse.
O amigo de Bolsonaro ainda criticou a "inquisição" de Pazuello pela CPI e disse que se fosse com Newton Cruz, general que chefiou o Serviço Nacional de Informação nos anos 1980, ou com João Figueiredo, último presidente da Ditadura, "todo mundo estaria em cana".
"Queria ver nos tempos bons (ditadura militar) eles convidarem um Newton Cruz (general que chefiou o Serviço Nacional de Informação nos anos 1980), um Figueiredo (João Figueiredo, último presidente do regime militar) para ser inquirido. Todo mundo estaria em cana", afirmou.
Waldir confirmou que organizou o ato a pedido de Bolsonaro, que fez a sugestão após passeio de moto em Brasília, no início do mês. Ele quer aproveitar a "propaganda de graça" para se candidatar a deputado federal no próximo ano.