Com dificuldades para inflar mais um ato golpista e contra o lockdown, o presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja), Antonio Galvan, ganhou uma força na divulgação com a confirmação da presença de Jair Bolsonaro na aglomeração, marcada para o próximo sábado (15) em Brasília.
Bolsonaro, que tem sido duramente criticado na CPI do Genocídio por promover atos que contrariam as normas sanitárias de combate à Covid-19, confirmou a presença ao publicar o vídeo de Galvan na manhã desta quinta-feira (13) em suas redes sociais.
"Dia 15 estarei na esplanada ao lado do Agro, locomotiva da nossa Economia", escreveu o presidente, junto com o vídeo do presidente da Aprosoja.
No vídeo, o ruralista gaúcho não revela que o ato está sendo realizado pela associação e critica as "maluquices de governadores e alguns prefeitos", referindo-se às medidas de isolamento social.
"Convocamos toda a sociedade de modo geral, você comerciante que sofreu com o lockdown, você industriário que teve o mesmo problema, com essas maluquices de alguns governadores e alguns prefeitos onde não deixaram nossa economia andar, tentando prejudicar de toda forma nosso presidente da República, Jair Bolsonaro", diz Galvan.
"Nós vamos dizer: chega! Presidente, nós autorizamos. Faça o que tem que ser feito", diz o ruralista, em relação à declaração de Bolsonaro de que só aguarda a autorização "do povo" para tomar "providências" contra os governadores e prefeitos.
Recém-eleito presidente da associação ruralista e apoiador de longa data de Bolsonaro, Galvan estava com dificuldades em obter “soldados” para lutar pela agenda negacionista de Jair Bolsonaro na pandemia.
Segundo a revista Veja, no último fim de semana, Galvan mandou um áudio indignado em um grupo de whatsapp de ruralistas ligados a Bolsonaro.
"O presidente Bolsonaro falou ontem que vai fazer um decreto para acabar com isso (lockdown). Está sendo humilhante para nós que estamos à frente do movimento Brasil Verde e Amarelo… Não se vê gente até agora para sequer fechar um ônibus para ir a Brasília”.