Presidente do PL no Maranhão, o deputado federal Josimar de Maranhãozinho, que é pré-candidato ao governo do Estado com o apoio de Jair Bolsonaro (PL) foi flagrado pela Polícia Federal segurando diversos maços de dinheiro que seriam propina desviadas de emendas do chamado "orçamento secreto", esquema de compra de votos que o governo implantou juntamente com Arthur Lira (PP-AL) no Congresso.
Reportagem de Paulo Cappelli e Rodrigo Rangel, na edição desta sexta-feira (3) da revista Crusoé, mostram as imagens que teriam sido captadas por uma câmera instalada pela PF, com autorização do Supremo Tribunal Federal (STF), no gabinete político do deputado em São Luís, no Maranhão.
Maranhãozinho é investigado em ao menos dois inquéritos da PF sobre compra e venda de votos com emendas parlamentares.
Algumas negociatas foram feitas com as emendas do relator, controladas por Lira, que abastecem o chamado "orçamento secreto".
O deputado receberia o dinheiro após destinar verbas de emendas parlamentares para municípios controlados por aliados.
Após receber o valor da emenda, os prefeitos contratam empresas ligadas a Maranhãozinho e devolvem, em dinheiro vivo, parte do dinheiro, em um antigo esquema de corrupção nos currais eleitorais.
Segundo a reportagem, o flagrante do deputado com os maços de dinheiro foi feito em outubro, quando Bolsonaro iniciava as tratativas para se filiar ao PL, comandado por Valdemar Costa Neto, que já foi preso por corrupção em um esquema parecido.